A Associação das Emissoras de Rádio e TV do Estado de São Paulo (Aesp) divulgou a previsão de custos para as rádios AMs que irão migrar para o FM. Decreto foi assinado pela presidente Dilma Rousseff. O levantamento foi apontando pelo engenheiro Alexandre Boareto, da EMC Soluções em Telecomunicações. As duas rádios de Botucatu, Municipalista e PRF-8, estudam alternativas para investir no processo.
De acordo com esse levantamento uma emissora AM de classe C, que opera entre os canais AM 1110 e AM 1610 irão para a classe C em FM. Para a mudança, o engenheiro estima que a emissora irá arcar com custos entre R$ 179 mil a R$ 309 mil. Já as emissoras que operam entre os canais AM 820 a AM 1100 (classe C), já irão para a classe B2 em FM. Os custos com sistema irradiante, transmissão e estúdios, devem girar em torno de R$ 182 mil a R$ 312 mil.
O estudo também estimou os custos para as rádios que operam entre AM 540 a 810 (classe C). Estas rádios deveram ser enquadradas na classe B1 em FM. Essas rádios terão um custo estimado entre R$ 211 mil a R$ 341 mil. O estudo também prevê os custos para as rádios AM que estão na classe B entre os canais AM 1180 a AM 1610. Essas já irão para o FM em classe A4 e a estimativa é que os custos fiquem entre R$ 226 mil a R$ 391 mil.
Vale ressaltar que estes custos são relacionados aos equipamentos que serão instalados no parque de transmissão e nos estúdios da emissora. Há ainda o custo que o radiodifusor deve arcar com a concessão do FM. Este valor ainda não foi oficializado pelo Ministério das Comunicações e deve ser divulgado no início do ano com a publicação da portaria ministerial que deve dar detalhes da migração.
O presidente da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), Daniel Slaviero, disse, no Fala Nordeste (que foi realizado em Fortaleza, no início do mês), que a migração das emissoras de rádio AM para a faixa FM deverá movimentar um total de R$ 115 milhões em todo o Brasil. Segundo Slaviero, a expectativa é que cerca de 95% das rádios AM façam a mudança para a frequência modulada. Essas emissoras vão poder continuar prestando serviço à população, mas, acima de tudo, com a qualidade que a FM permite e com a possibilidade de existir em dispositivos móveis, comentou.
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