A SOS Mata-Atlântica divulgou um raio-x da qualidade da água. Poluição, porém, aumentou na extensão do rio pelo estado de SP
A SOS Mata-Atlântica divulgou um raio-x da qualidade da água. Poluição, porém, teve aumento em sua extensão pelo estado
No último domingo (22) foi comemorado o Dia do Rio Tietê, o principal do estado de São Paulo. A SOS Mata-Atlântica divulgou um raio-x da qualidade da água.
A qualidade da água do Rio Tietê foi monitorada num total de 576 quilômetros, desde a nascente, em Salesópolis, até Barra Bonita, na hidrovia Tietê-Paraná.
Apesar de um diagnóstico preocupante se consideramos toda sua extensão, a região de Botucatu tem uma boa notícia. A qualidade da água por aqui é boa.
Uma faixa de 59 quilômetros, que se estende da região do Reservatório de Barra Bonita, entre São Manuel e a foz do Rio Piracicaba foi considerada boa. Esse trecho passa por Botucatu, em bairros como Rio Bonito, Porto Said, Mina e Alvorada da Barra.
O trecho de 60 km, que começa em Salesópolis e termina e Mogi das Cruzes também foi considerado bom. Nenhuma faixa do rio obteve nota de qualidade ótima.
Aumento da poluição
O programa de monitoramento da Fundação SOS Mata Atlântica mostrou que houve uma piora na poluição do rio em 2024. Segundo o programa Observando os Rios, a água está imprópria para uso em 207 dos 576 km analisados.
Isso representa um crescimento de 29% em relação ao ano anterior, quando a mancha de água imprópria para usos cobria 160 quilômetros. Dos 207 km de mancha, 131 km estavam com qualidade ruim e 76 km, péssima.
O estado de São Paulo é o responsável pela limpeza do Tietê. Das toneladas de lixo retiradas diariamente, de janeiro de 2022 a agosto deste ano, considerando-se apenas pneus, foram recolhidas 12.631 unidades das águas. Em 2023, foram 4.104 pneus – o equivalente a 11 por dia.
O estado de São Paulo é o responsável pela limpeza do Tietê. Das toneladas de lixo retiradas diariamente, de janeiro de 2022 a agosto deste ano, considerando-se apenas pneus, foram recolhidas 12.631 unidades das águas. Em 2023, foram 4.104 pneus – o equivalente a 11 por dia.
Pneus retirados do Rio Tietê:
2024 – 2.023 (de janeiro a agosto)
2023 – 4.104
2022 – 6.504
Todo esse material é levado à Unidade de Tratamento Ecológico de Pneus, em Guarulhos, na Grande São Paulo, onde é triturado e pode ser reaproveitado. Um exemplo é a transformação em borracha granulada para campos de futebol com grama sintética ou pavimentação. Segundo o governo de São Paulo, a recuperação do Rio Tietê e seus afluentes está incluída no programa IntegraTietê. Na frente de desassoreamento, que faz a retirada de dejetos do fundo, foram iniciados recentemente novos lotes que representarão juntos a retirada de 1,5 milhão de metros cúbicos de sedimentos do Tietê e do Pinheiros.
Informações do G1/SOS Mata Atlântica
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