Professores da Rede Pública entram em estado de greve

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Professores da Rede Pública entram em estado de greve 26 março 2013

Fotos: Valéria Cuter

Depois de uma reunião com o secretário estadual de educação, professor Herman Jacobus Cornelis Voorwald, ocorrida no último dia 12 para fazer uma série de reivindicações e não serem atendidos, representantes da classe dos professores da Rede Pública de Ensino, decidiram em assembleia realizada três dias depois na Praça da Sé, com a presença de mais de cinco mil professores, inclusive de Botucatu, a entrar em estado de greve para buscar uma negociação Caso não haja acordo está prevista uma greve geral para o dia 19 de abril, por tempo indeterminado.

Durante esse período os professores farão conscientização da comunidade sobre as dificuldades do setor da educação. Para ajudar na divulgação um ônibus com as reivindicações pintadas em sua parte externa está percorrendo todo o interior paulista. Nesta terça-feira (26) o veículo esteve em Botucatu.

De acordo com a professora Floripes Godinho, diretora estadual do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo, (Apeoesp), da região de Botucatu que agrega 14 municípios, entre as ações a serem realizadas estão a panfletagem e o contato com os pais de alunos para falar sobre os principais obstáculos enfrentados hoje pelos professores, como a defasagem salarial, precariedade do ensino e também a falta de suporte do governo quanto a situação dos professores.

Floripes chama a atenção para as perdas salariais que somadas ? s condições do professor em sala de aula desvalorizam a profissão. “Não se trata somente do reajuste, mas também as perdas salariais acumuladas desde 1998. Se o reajuste anual fosse concedido como previsto, os prejuízos da categoria seriam menores. Estamos lutando por um reajuste de 36,74% extensivo aos aposentados”, coloca a diretora.

Além dos 36,74% os trabalhadores reivindicam valorização profissional, extinção da chamada categoria “O” (professores que atuam com contrato temporário de trabalho), cumprimento da lei que fixa o piso salarial da categoria que prevê pagamento mínimo 33% da jornada trabalhada para atividades de formação e preparação de aulas, entre outras exigências. “O Estado não reconhece, nem valoriza devidamente o nosso trabalho. Não fazemos greve porque queremos ou gostamos”, aponta Floripes.

{n}Principais reivindicações{/n}

– Reposição salarial de 36,74% e recomposição do reajuste de 2012 definido em 10,2% pela LC 1143/2011, mas do qual somente nos foram pagos 5,2%.

– Aplicação da jornada do piso: no mínimo 33% da jornada de trabalho para atividades de formação e preparação de aulas.

– Fim da remoção ex-officio, designação de professores por “perfil”, avaliações anuais e outras ilegalidades na implantação das escolas de tempo integral.

– Fim da precarização do trabalho docente e da divisão em “categorias”. Trabalho igual, condições de trabalho e salários iguais.

– Melhores condições de trabalho e políticas de prevenção do adoecimento dos professores. – Respeito e garantia de direitos aos professores aposentados.

– Por um plano de carreira que atenda ? s necessidades do magistério.

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