Os brasileiros que gostam de incluir café e carne na feira do mês devem preparar o bolso: a perspectiva é que os preços desses alimentos continuem subindo neste ano
A inflação dos alimentos tem sido uma das principais preocupações do governo e também do consumidor, que procura formas de não ser tão prejudicado com o aumento dos preços. Entre os alimentos que mais devem subir, estão a carne e o café. Nos próximos meses os preços devem subir até 20%.
Segundo economistas consultados pelo Estadão/Broadcast, conforme a matéria de Gabriela Jucá (Broadcast) e Anna Scabello, a perspectiva de uma carne mais cara, que contribuiria para frear essa desaceleração nos preços, é apoiada pelo ciclo pecuário atual do boi gordo.
Além disso, outro fator contribuinte são os efeitos climáticos e depreciação do câmbio, que marcaram o fim de 2024. Para fechar, ainda existe a expectativa de um aumento das exportações brasileiras, o que também deve somar pressão.
A carne mais atingida pela alta de preços é a bovina, mas essa aumento também afeta, por consequência, os preços de proteínas alternativas, como carne de frango, de porco, e também, o consumo de ovos.
Já o café, segue em alta desde 2024. No ano passado, o café em grão no atacado encerrou o ano com avanço de 120,40%, de acordo com a FGV.
Ao Estadão, o economista da FGV Matheus Dias, conta que café possui um grande peso no IPA-Agro (índice de preços ao produtor amplo) e que a tendência é de que ele continue pressionando a inflação em 2025, mesmo que em um nível menor.
Vale destacar que boa parte dos alimentos que compõem o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, índice oficial de inflação) são produzidos internamente e exportados, porque são competitivos, como arroz, carnes e café.
Informações: Estadão/MSN
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