Passarinhando une ciência e natureza em ação pelo Dia Mundial do Meio Ambiente em Botucatu

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Passarinhando une ciência e natureza em ação pelo Dia Mundial do Meio Ambiente em Botucatu 06 junho 2025

A ação aconteceu na trilha ecológica localizada ao lado da EMEFEI Hernâni Donato, um fragmento de cerrado utilizado como espaço de aprendizado ao ar livre.

Em comemoração ao Dia Mundial do Meio Ambiente, celebrado nesta quarta-feira, 5 de junho de 2025, o projeto de extensão Passarinhando: Educação Ambiental e Conservação, do Instituto de Biociências de Botucatu (IBB) da Unesp, realizou uma atividade especial com os alunos do 5º ano da Escola Municipal de Ensino Fundamental Integral (EMEFI) Hernâni Donato. A ação aconteceu na trilha ecológica localizada ao lado da escola, um fragmento de cerrado utilizado como espaço de aprendizado ao ar livre.

A aula foi conduzida pelo pós-doutorando e professor Felipe Girotto, da área de Botânica do IBB/Unesp, e teve como foco a evapotranspiração, a fotossíntese e os impactos do aquecimento global. A proposta foi proporcionar aos estudantes uma vivência prática e reflexiva, estimulando a consciência ambiental desde cedo por meio de uma demonstração prática.

Para a professora Silvia Nishida, docente do IBB e coordenadora do projeto, a atividade reforça a importância da educação ambiental desde os primeiros anos escolares: “A educação ambiental é de grande importância especialmente nessa fase da formação dos alunos, para que eles tenham essa consciência ambiental, de pertencimento à natureza.” Ela também ressaltou a relevância do espaço natural ao lado da escola: “É o único fragmento que está em área pública, então nós estamos fazendo um trabalho de educação ambiental sobre o cerrado, bioma onde a escola está inserida”.

Essa proximidade com a natureza é, justamente, o que permite à escola desenvolver um ensino mais integrado e prático. Segundo a professora Maria Roseli Leonel Kraus Lourenço, o espaço ao redor da EMEFI Hernâni Donato se transforma em um verdadeiro laboratório vivo. “Esse espaço se torna um laboratório ao ar livre, onde nós podemos desenvolver atividades dentro da proposta BNCC e do Currículo Paulista.” Ela complementa: “Hoje o nosso planeta está gritando por socorro, e a aprendizagem tem que ser vinculada a esse nosso planeta que nós amamos”.

Na avaliação do professor Vinícius Nunes Alves, a vivência em campo também fortalece a observação e o registro científico pelas crianças. “Já identificamos 117 espécies de aves pelo Passarinhando”, comentou. Ele explica que esse tipo de ensino é mais do que um simples passeio: “As crianças saem da sala de aula e literalmente estudam o meio que está em volta, treinando muito o olhar, ouvidos abertos, trabalhando muito o sentido da visão e da audição”.

A atividade também contou com a presença dos membros do projeto Passarinhando, Bruno Oliani de Risso, Maria Paola Oliveira da Silva e Gabriel Aires de Souza, que acompanharam as turmas durante toda a trilha, ao lado da professora Silvia.

Os alunos demonstraram empolgação com a aula ao ar livre. “Aqui tem bastante árvore e a árvore pega bastante água do solo e faz a evapotranspiração”, explicou o aluno Davi, do 5º ano, mostrando o que aprendeu na atividade. Já Ana Julia, da mesma turma, destacou o encanto pela observação de aves: “Eu achei legal por causa que a gente aprende sobre aves que a gente não sabia que existia e também porque a gente anota aves novas. Contamos 22 espécies de aves hoje.”

O projeto Passarinhando representa uma importante ponte entre universidade pública, escola de ensino básico e comunidade. Para o Instituto de Biociências da Unesp de Botucatu, a iniciativa reforça o compromisso com a educação ambiental e com a valorização da biodiversidade local. 

A professora Silvia finalizou: “A parceria da Unesp com as secretarias municipais de Educação e do Meio Ambiente, mais a gestão escolar com seus professores, constituem uma rede sólida na construção de uma educação ambiental transformadora tanto dos estudantes do ensino básico como dos monitores, estes compreendendo a função socioambiental da universidade pública”.

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