
Moradores da Cohab III acionaram os agentes Camargo e De Santi do Grupo de Proteção Ambiental (GPA) para fazerem o resgate de um animal silvestre conhecido como ouriço caixeiro, que estava sendo acuado por cães. Os guardas capturaram o animal e após constatarem que não apresentava nenhum ferimento devolveram à natureza, em local seguro.
Esse tipo de animal é bastante comum na região, facilmente reconhecível pelos seus espinhos (cerca de seis mil), que revestem todo o corpo (exceto no rosto e ventre), aguçados e com cerca de 2 a 3 centímetros, que cobrem o dorso e os flancos do seu corpo. Os espinhos são pêlos modificados cuja mobilidade é controlada pelos músculos. Quando se sente ameaçado, o ouriço enrola-se sobre si próprio, ocultando as partes desprotegidas do seu corpo, como o ventre, os membros e a cabeça, transformando-se numa “bola com picos”, bastante difícil de penetrar.
O professor/doutor Carlos Teixeira da Faculdade de Medicina de Veterinária Zoologia (FMVZ) da Unesp de Botucatu, especialista em animais silvestres, lembra que “muitos animais silvestres chegam à área urbana e buscam refúgio em residências porque estão perdendo seu espaço na natureza”. Realça que “cada vez mais estão diminuindo bosques e florestas e isso está fazendo com que os animais entrem em contato com o ser humano e muitas vezes acabam sendo mortos”.
Compartilhe esta notícia