
Encerra-se no final da tarde desta quarta-feira (12) a última edição deste ano do Mutirão de Cirurgias de Câncer de Pele, realizado pelo Departamento de Dermatologia e Radioterapia, no Ambulatório Cirúrgico do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu. No total, cerca de 80 pacientes foram submetidos a pequenas cirurgias em três dias de evento. O objetivo do mutirão é reduzir a fila de espera para esse procedimento na unidade.
Realizado há vários anos no HC, o mutirão acontece anualmente em três oportunidades já definidas. São três dias do mês de fevereiro, três em agosto e três em dezembro. Atualmente, existe uma fila com cerca de 150 pacientes aguardando para a cirurgia. Nós organizamos esse mutirão justamente para que essa fila seja, de alguma maneira, reduzida. Hoje ela é muito grande e com o mutirão, nós conseguimos sempre dar um passo muito positivo, já que atendemos pelo menos cinco vezes mais pacientes que em dias normais, explicou a docente do Departamento de Dermatologia, Dra. Luciana Abbade.
Para conseguir sucesso nos procedimentos, a médica garante que tem a colaboração de todos os membros do setor. Nesses três dias, toda a nossa equipe se dedica apenas a essas cirurgias e nós fazemos isso justamente para não deixarmos os pacientes com mais riscos, na fila por muito tempo, explicou Abbade. A maior parte dos diagnósticos de câncer de pele, se resolve com o procedimento cirúrgico, então sabemos que essa fila não pode nunca ser longa, complementou.
De acordo com a docente, os critérios utilizados para a escolha dos pacientes que conseguiram vencer a fila e foram atendidos pelo mutirão, foi apenas a gravidade. Nossa lista é feita pela gravidade da doença. Entre os três tipos mais comuns da doença (carcinomas basocelulares, espinocelulares e melanoma), existem casos de extrema urgência, comentou, Luciana.
{n}Dados{/n}
No Brasil segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), em 2012, a estimativa era de que 518.510 casos novos de cânceres. O câncer da pele ainda é o tumor que mais atinge os brasileiros, representando 25% de todos os tumores malignos. Foram estimados pelo Instituto, 134.170 novos casos de câncer da pele para este ano, sendo a maioria mulheres (71.490).
{n}Sobre{/n}
Câncer da pele é o crescimento anormal e descontrolado das células que compõem a pele. Estas células se dispõem formando camadas e, de acordo com a camada afetada, definimos os diferentes tipos de câncer. Os mais comuns são os carcinomas basocelulares e os espinocelulares; o mais perigoso é o melanoma.
A radiação ultravioleta é a principal responsável pelo desenvolvimento do câncer e o envelhecimento da pele. Ela se concentra nas cabines de bronzeamento artificial e nos raios solares.
O carcinoma basocelular é o tipo mais freqüente, representando 70% dos casos. É mais comum após os 40 anos, em pessoas de pele clara. Seu surgimento está diretamente ligado ? exposição solar acumulada durante a vida. Apesar de não causar metástase, (se espalhar para diferentes órgãos) pode destruir os tecidos ? sua volta, atingindo até cartilagens e ossos.
{n}Pessoa de risco para desenvolver câncer da pele:{/n}
1- Caso de câncer da pele na família;
2- Pele muito clara que sempre fica vermelha e nunca se bronzeia;
3- Cabelos claros;
4- Olhos claros;
5- Possui muitas pintas pelo corpo;
6- Já sofreu queimaduras pelo sol;
7- Possui sardas na face e ou ombros;
8- Já teve câncer de pele;
9- Tomou muito sol sem proteção
{n}Como identificar o Câncer de Pele{/n}
Além da proteção solar, é importante fazer uma avaliação clínica da pele para prevenir o desenvolvimento da doença. É preciso estar atento a alguns sinais:
Um crescimento na pele de aparência elevada e brilhante, translúcida, avermelhada, castanha, rósea ou multicolorida; Uma pinta preta ou castanha que muda sua cor, textura, torna-se irregular nas bordas e cresce de tamanho; Uma mancha ou ferida que não cicatriza e que continua a crescer apresentando coceira, crostas, erosões ou sangramento.
Fonte:Núcleo de Comunicação do HCFMB
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