O Ministério Público do Trabalho (MPT) notificou a União, na última segunda-feira (21), para que condicione a transferência de parte do controle acionário da Embraer à norte-americana Boeing à garantia de manutenção dos empregos no Brasil. Além disso, a Procuradoria quer assegurar que a fabricação e montagem final das aeronaves seja mantida no país.
O órgão tem manifestado preocupação quanto à manutenção do patamar de empregos no Brasil, caso a parceria seja fechada. A preocupação com a possibilidade de demissões também é manifestada pelo Sindicato dos Metalúrgicos.
Além da recomendação para que a União, que tem que dar o aval ao negócio, mantenha o nível de empregos, a procuradoria quer garantias relacionadas à manutenção da fabricação e montagem final das aeronaves no Brasil.
A Embraer tem mais de 10 mil empregados em São José dos Campos e é uma das maiores empregadoras do município. A empresa tem cerca de 18 mil funcionários no país, segundo o sindicato.
Um prazo de 15 dias foi dado ao governo federal, cuja negociação de fusão conta com participação do Ministério da Defesa, para prestar informações sobre o cumprimento da recomendação
Antes, no dia 2 de maio, a Embraer e a Boeing também foram notificadas pelo MPT sobre a manutenção do patamar de empregos da fabricante brasileira.
Outro lado
A União foi procurada, por meio da assessoria de imprensa do Ministério da Defesa, e informou que tem um grupo de trabalho com profissionais da área para analisar o andamento das negociações entre as duas empresas.
A Embraer informou que tem mantido entendimentos, inclusive por meio do grupo de trabalho do qual o governo brasileiro participa, para avaliar possibilidades para potencial combinação de negócios.
“Entretanto, até o momento não há definição acerca da estrutura de participação da Embraer e tampouco da governança de possível nova sociedade que venha a ser criada caso venha a ser implementada a referida combinação de negócios”.
A empresa reforça ainda que, quando e se definida a estrutura para combinação de negócios, sua eventual implementação estará sujeita à aprovação não somente do governo, mas também dos órgãos reguladores nacionais e internacionais e dos órgãos societários das duas companhias.
Fonte: Portal G1
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