Militância Negra de Botucatu conta com nova diretoria

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Militância Negra de Botucatu conta com nova diretoria 11 agosto 2011

{n}Fotos: David Devidé{/n}

“Negro é a cor da pele, negro é o alfinete, negro é a solidão, negro é a voz e a raiz da verdade, negro já foi escravo”. Tendo a estrofe desta música gravada por Ivone de Lara, como inspiração, a Comunidade Negra de Botucatu esteve reunida para escolher os novos membros que irão compor a Comissão Executiva Afro-descendentes Tucanafros. A reunião aconteceu no Salão Nobre da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Subsecção de Botucatu, na Praça XV de Novembro, 30, Centro.

A nova diretora terá como presidente Terezinha Aparecida Berchior, assumindo o lugar de Conceição Aparecida Domingos Vercesi. A direção da Comissão se completa com o vice-presidente Uderval Marcelo Pereira Cruz; secretário geral Teófanes Martineli e secretário Evaristo Pisca da Silva Filho.

Também foram definidas as pessoas que ficarão responsáveis pelas coordenadorias: Políticas Públicas – Conceição Aparecida Vercesi; Intermunicipal – Wilson Evangelista de Oliveira (Zague); Assistência e Desenvolvimento Social – Nilcélia Ferreira; Educação – Rebeca de Souza Silva; e Comunicação Lourdes Fátima.

A mediação do encontro foi feita pelo jornalista Carlos Alberto Pessoa, que anunciou todas as autoridades presentes como, líderes comunitários e palestrantes, como o presidente do PSDB local, Antônio Jamil Cury Júnior e o professor/doutor Leandro Corayb que veio a convite da (agora) coordenadora estadual Conceição Vercesi.

Em seu pronunciamento já como presidente, Terezinha Berchior revelou que quando foi convidada para o cargo ficou surpresa, pois estava sendo colocado em suas mãos um cargo de muita responsabilidade, mas aceitou o desafio. Depois falou sobre sua vida particular, enfocando suas dificuldades, barreiras e rejeições no trabalho, estudo e outras atividades, devido a sua cor da sua pele.

Para a nova presidente ainda existe muita discriminação racial no Pais e a Comissão busca ser mais um “braço” que planta a semente, confiando que as novas gerações irão colher frutos de todo esse plantio. “Temos que continuar a fazer política de igualdade racial para fazer os nossos direitos, não pode haver discriminação com a cor de sua pele, dinheiro, cargo, estudo e outros, pois tudo isso não diferencia quem é uma pessoa boa ou ruim”, disse Berchior.

Conceição Vercesi lembrou o começo da história quando participou da primeira reunião para fundar a Comunidade Negra de Botucatu que contou com apenas seis pessoas. “Hoje esta realidade mudou e aquela sementinha plantada já está gerando frutos. Esse momento é histórico para todos nós pertencentes ? s colônias afro-descendentes dos negros do Brasil”, conta Vercesi.

Quando começamos nossa história, prossegue Vercesi, procurei um espaço político junto aos partidos políticos existentes em Botucatu. “O único partido que ouviu minhas reivindicações e nos cedeu um espaço político, foi o PSDB para defender essa bandeira, que é de todos nós”, completou a ex-presidente que recebeu uma homenagem pela sua luta para transpor as barreiras sociais e o preconceito racial.

Fotos: Jornal Acontece Botucatu

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