28 maio 2017
Maria de Lourdes Ross Angella (82) mora no Bairro há 77 anos. Casada com José Angella, mãe de José Sérgio Angella (57) e Ana Cleide Angella (40) é também avó de três netos e bisavó de duas crianças. Lurdinha, como é conhecida, aprendeu a profissão de costureira quando tinha 16 anos. Em 1951, fez curso de corte e costura com a professora Florinda Fatori, considerada na época como uma das melhores professoras de corte e costura de Botucatu.
A simpática senhora foi costureira exclusiva durante oito anos do alfaiate Antonio Carmelo. No início, Lurdinha costurava apenas calças masculinas, com o passar do tempo,foi aprimorando suas costuras para todos os tipos de roupas. Ela afirma com orgulho que apesar das limitações que tem hoje, por problemas de saúde, muitas de suas freguesas são clientes fiéis.
Entre suas recordações está a Escola Dom Lúcio Antunes de Souza. “Frequentei o grupo Dom Lúcio quando ele era onde hoje fica a Polícia Militar, na Rua Major Matheus. Participei com meus pais da inauguração da pedra fundamental do novo lugar onde hoje é a escola. Na época, o governador Ademar de Barros esteve presente. Naquele mesmo dia, também foi colocada a pedra de fundação do Hospital do Bairro. Eu tinha 15 anos. Foi um dia de festa”, comenta.
Lurdinha orgulha-se em dizer que criou seus filhos e netos na casa onde vive na região da Vila dos Lavradores. Ela também relembrou a Estação Ferroviária. “Ia muito à Estação Ferroviária, lembro-me do bar que tinha, eu costurava para a dona. Era muito bom aquele tempo da estrada de ferro”, diz.
A fazenda Barrinho, que ficava na Vila Pinheiro, também foi lembrada com saudade. “Era tudo cafezal. Aqui onde moro, era uma chácara. A Vila Antártica não existia, era tudo pasto”, relembra.
Compartilhe esta notícia
