

O Laboratório GENOTOX, vinculado à Faculdade de Medicina de Botucatu (FMB), da Universidade Estadual Paulista (UNESP), foi destaque no IV Congresso Latino-Americano de Toxicologia Clínico-Laboratorial (ToxiLatin 2025), realizado entre os dias 24 e 27 de junho, na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), em Porto Alegre (RS). O evento reuniu especialistas de diversos países da América Latina para debater avanços da toxicologia em contextos clínicos, ocupacionais e ambientais, com foco no exposoma — conceito que integra exposição a xenobióticos, fatores ambientais e genéticos.
Coordenado pela Profa. Dra. Mariana Gobbo Braz, o GENOTOX teve participação de destaque, com apresentação de estudos científicos de grande relevância e conquistas importantes em duas categorias distintas do congresso.
A aluna de Iniciação Científica Cíntia Oliveira conquistou o 1º lugar na categoria de pôster em Mutagênese e Carcinogênese, com o trabalho “Evaluation of DNA damage and oxidative stress markers in rats acutely exposed to the anesthetic sevoflurane”. A pesquisa analisou os efeitos do anestésico sevoflurano — amplamente utilizado em procedimentos clínicos — sobre marcadores de estresse oxidativo e danos ao DNA em modelo animal, contribuindo para o entendimento dos riscos genotóxicos associados ao seu uso.
Já o pós-doutorando Tony Fernando Grassi foi premiado com a melhor apresentação oral da Sessão IV (Toxicologia Ocupacional), com o trabalho “Epigenetic approaches by analysis of circulating miRNAs and global DNA methylation in veterinarians occupationally exposed to volatile anesthetics”. A pesquisa, inédita, avaliou biomarcadores epigenéticos como microRNAs circulantes e metilação global do DNA em profissionais da área veterinária expostos cronicamente a gases anestésicos em ambiente de trabalho.
Além das premiações, a participação do GENOTOX no ToxiLatin 2025 reforça o protagonismo da UNESP-Botucatu na produção científica de excelência e na formação de jovens pesquisadores. “Foi uma oportunidade ímpar compartilhar nossos resultados em um congresso internacional e sermos reconhecidos entre tantos trabalhos de qualidade. Isso nos enche de orgulho”, destacou Tony Grassi.
As pesquisas apresentadas contam com o apoio das agências de fomento FAPESP, CNPq e CAPES, e fazem parte das linhas de investigação em toxicologia ocupacional, genotoxicidade e epigenética desenvolvidas pelo laboratório.
Com sede na FMB/UNESP, o Laboratório GENOTOX se consolida como referência nacional e internacional em estudos sobre os efeitos da exposição a anestésicos no ambiente de trabalho.




