Grupo de pesquisa da FCA/Unesp Botucatu publica capítulo em livro internacional

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Grupo de pesquisa da FCA/Unesp Botucatu publica capítulo em livro internacional 26 outubro 2020

O Grupo de Pesquisa de Reúso de Águas Residuais na Agricultura Irrigada, liderado por Rodrigo Máximo Sánchez Román, professor do Programa de Pós-graduação em Agronomia (Irrigação e Drenagem), da Faculdade de Ciências Agronômicas da Unesp, câmpus de Botucatu, colaborou com um capítulo no livro “Advances in Chemical Pollution, Environmental Management and Protection: Wastewater Treatment and Reuse – Lessons Learned in Technological Developments and Management Issues”, volume 6, publicado pela editora Elsevier.

Denominado “Advances in Chemical Pollution, Environmental Management and Protection”, o artigo tem como autores, além do professor Román, seus orientados Tamires Lima da Silva, João Gabriel Thomaz Queluz e Talita Aparecida Pletsch.  Ele apresenta opções de tratamento de água residuária resultantes de pesquisas de pós-graduação realizadas sob orientação do professor Román, que estuda soluções de baixo custo de tratamento de água residuária para reúso agrícola desde 2006.

As pesquisas

Como resultado da sua tese, defendida em 2006, o professor Román apresentou um reator de desinfeção solar (SODIS) de concreto para o tratamento de água residuária para reúso agrícola, que resultou na patente Nº MU87025868.  Desde 2013, diversas pesquisas sob sua orientação têm sido realizadas na FCA, na linha de pesquisa reúso agrícola do Programa de Pós-graduação em Agronomia (Irrigação e Drenagem).

Em 2013, na pesquisa de dissertação de João Gabriel Thomaz Queluz, o design do reator de concreto SODIS foi ajustado a fim de diminuir a formação de sombras durante o processo de desinfecção.  Em 2015, na dissertação de Thaís Regina Alves foi avaliado se doses de peróxido de hidrogênio poderiam diminuir o tempo necessário de exposição solar da água residuária nos reatores SODIS para que a concentração de coliformes fecais atingisse o valor limite de coliformes fecais recomendado pela Organização Mundial de Saúde para que a água residuária tratada possa ser destinada a irrigação irrestrita de culturas, incluindo aquelas que são consumidas cruas. A combinação do reator SODIS com adição de peróxido de hidrogênio no tratamento de água residuária para reúso na irrigação de hortaliças foi posteriormente testada na irrigação de beterraba e alface por Roberta Daniela da Silva Santos e na irrigação de cebolinha, salsa e abobrinha por Mariana Alexandre de Lima Sales.

Pensando nas dificuldades de aquisição e uso de peróxido de hidrogênio que talvez o produtor pudesse enfrentar, em 2018 foi proposta a combinação do reator de desinfecção solar com um leito biológico filtrante (LBF).  A adição do LBF contribuiu para uma diminuição significativa do tempo necessário de exposição solar da água residuária nos reatores SODIS para que a concentração de coliformes fecais esperada fosse atingida.

A configuração e design do LBF por sua vez é resultante da pesquisa de doutorado de João Gabriel Thomaz Queluz que avaliou a eficiência de um sistema de alagado construído (SAC) com ou sem o cultivo de taboa no tratamento de água residuária para reúso agrícola.  A eficiência do sistema de tratamento formado pela combinação do LBF e reator SODIS foi estudada por Tamires Lima da Silva no seu projeto de pesquisa de mestrado.  Em 2020 devido aos efeitos da pandemia do COVID-19, duas pesquisas que davam continuidade nos resultados obtidos tiveram que ser suspensas.

Nas pesquisas envolvendo os reatores SODIS realizadas pelo professor Román e por João Gabriel, Thaís e Tamires foram desenvolvidos modelos matemáticos representando a fração da população remanescente de coliformes fecais (N/No) em relação à dose de radiação solar acumulada nos reatores SODIS. Estes modelos permitem que o tempo de exposição solar da água residuária seja estimado.

No capítulo de livro foram apresentados como opções de tratamento de água residuária para países em desenvolvimento: o reator SODIS de concreto sem adição de peróxido de hidrogênio, o SAC com cultivo de Taboa e o sistema de tratamento formado pela combinação do LBF e reator SODIS, consideradas de baixo custo e manutenção, além de fácil instalação e operação.

O capítulo pode ser acessado gratuitamente através do link https://authors.elsevier.com/b/1byAB_u8mx88Gs até 11 de dezembro de 2020.

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