Funcionários do HC em Botucatu perdem benefício após 24 anos

Geral
Funcionários do HC em Botucatu perdem benefício após 24 anos 31 março 2013

Funcionários do Hospital das Clínicas (HC) de Botucatu estão desde o começo do ano sem receber o vale-alimentação. Um benefício que durante 24 anos reforçou o orçamento mensal dos trabalhadores. O corte foi motivado por mudanças na administração do hospital, que agora está sob a gerência do estado. Ainda não se tem uma alternativa legal e viável para a retomada do pagamento.

Um funcionário que preferiu não se identificar trabalha no hospital há mais de 20 anos. Ele contou que sempre recebeu o benefício, que ultimamente era de R$ 180 mensais. O vale é pago pelo Fundo Social, vinculado ? Famesp há 24 anos. Neste ano, o trabalhador foi informado que não receberia mais o valor. “Até agora não recebemos uma explicação do presidente. Ele só fica enrolando, não dá satisfação. Nos abandonou pra falar o português mais claro. Pra nós que somos funcionários da classe mais baixa, o valor faz muita falta”, disse.

A aposentada Rosélia Contessotti trabalhou por 27 anos no hospital e ajudou a criar o Fundo Social. Agora, não teria direito ao vale, mas o marido ainda é funcionário do HC e teve o benefício cortado. Uma renda a menos no orçamento da família. “Isso também vai afetar a cidade porque são quase R$ 200 por pessoa”, informou.

Vários servidores se reuniram no hospital com o superintendente do HC e o diretor-presidente da Famesp para buscar uma solução. Uma comissão foi montada para negociar com as chefias. “A direção está disposta a negociar. Só que ela está passando para nós apresentar a proposta. Nós entendíamos que a administração deveria apresentar essas propostas. Eles abriram o diálogo e disseram uma coisa que precisa acabar de uma vez por todas. Essa verba não é e nunca foi ilegal”, afirmou o funcionário, Jesse James Alvarado.

A verba SUS, que era dividida entre os funcionários do HC e os docentes, que faziam atendimento no hospital, era de aproximadamente R$ 750 mil mensais. Agora, sem uma solução legal, não há como a verba voltar a ser paga. “Ainda não encontramos uma saída que seja, tecnicamente, e, financeiramente, viáveis, que seja do agrado da maioria dos trabalhadores, que seja inclusiva e legal”, disse o diretor-presidente da Famesp, Pasqual Barretti.

Fonte: G1

Compartilhe esta notícia
Oferecimento
sorria para economia 2
Oferecimento