
A empresa Duratex tem prazo até as 17 horas dessa quarta-feira (11) para analisar a proposta de reajuste salarial feita pelo Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil e do Mobiliário de Botucatu. A negociação vem se arrastando desde o mês de julho e as duas partes não chegaram a um acordo. No ano passado houve acordo entre as partes (foto).
A empresa ofereceu uma proposta de 9% de aumento para o piso (salário inicial); 8,5% para quem ganha até R$ 5 mil e 7% para os que têm salário acima dessa faixa. Essa proposta foi levada em assembleia na semana passada e rejeitada por 78% dos funcionários presentes, explica o diretor social, José Luis Fernandes.
O sindicalista aponta que a proposta apresentada ? empresa foi a correção do Índice Nacional de Preço ao Consumidor (INPC), que chegou a 6,97% nos últimos 12 meses e mais um aumento real de 5%. Estamos tentando construir um acordo, mas a empresa apresentou a proposta que foi descartada pelos trabalhadores e foi dado o prazo para que a empresa volte a se manifestar, destacou Fernandes.
Sobre a possibilidade de uma greve geral o diretor é taxativo. O prazo previsto em lei se expira na tarde desta quarta-feira ? s 17 horas. A partir desse horário a greve pode ser decretada a qualquer momento e o sindicato seguiu todos os trâmites e prazos legais, fazendo tudo em conformidade com o que está previsto na lei, disse Fernandes. O sindicato fez uma proposta justa e a empresa fez a contra proposta que não foi aceita. A greve é o caminho legal que os trabalhadores têm para reivindicarem seus direitos, acrescentou o sindicalista.
Atualmente, a Duratex conta com, aproximadamente, 850 funcionários registrados, entre os que trabalham em turnos de revezamento e administrativo, sendo que alguns setores da empresa são terceirizados como o refeitório e a portaria. A reportagem entrou em contato com a empresa para colher as impressões dos diretores sobre a possibilidade da deflagração de uma greve e ficou no aguardo de um retorno.
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