Filial da Ultracenter de Botucatu entra em greve

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Filial da Ultracenter de Botucatu entra em greve 11 maio 2015

Fotos: Luiz Fernando

 

Os funcionários da filial da Ultracenter de Botucatu instalada na Rua Emílio Cani, região da Vila Jardim, estão em greve, em razão de atraso no pagamento. Em Botucatu a empresa conta com 170 funcionários, na sua maioria mulheres contratadas  e divididas em dois turnos (manhã e tarde/noite). Empresa é especializada em telemarketing na execução de cobranças terceirizadas para empresas.

Além do atraso no pagamento, os funcionários pleiteiam melhores condições de trabalho. “Até para ir ao banheiro o funcionário é monitorado. Se exceder o tempo de cinco minutos ele é advertido, sem falar das constantes ameaças de demissão por justa causa”, disse uma das funcionárias, que lidera a paralisação.

Outra funcionária alega que todos são obrigados a trabalhar duas horas a mais por dia, ou seja, de seis para oito horas, para compensar os sábados. “E também não está em dia com o pagamento do vale refeição e vale transporte, assim como não vem sendo feito o depósito do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS)”, disse.

A direção da empresa recebeu o Acontece e  reconheceu atraso no pagamento dos funcionários, mas garantiu que todas as normas  e as obrigações trabalhistas são seguidas pela empresa. O atraso ocorreu por  causa de uma transição de bancos (da Caixa Econômica Federal – CEF para o Itaú), mas a situação já está contornada e o pagamento será efetuado ainda hoje.

“A greve é um direito do funcionário e não podemos obrigar ninguém a trabalhar.  Temos 70% dos funcionários que aderiram ao movimento, mas tudo será solucionado para que a empresa volte à sua operacionalidade e nada impede de ouvirmos outras reivindicações dos funcionários e encaminhá-las à empresa matriz, em São Paulo”, disse uma das diretoras que coordena os trabalhos.

O advogado  Rafael Teixeira foi designado para prestar assistência jurídica aos funcionários e dar entrada a uma possível ação no Tribunal do Trabalho. “Vamos ouvir as reivindicações e estudar a melhor maneira de resolver a situação para que a empresa possa atender os interesses dos trabalhadores, dentro daquilo que rege as leis trabalhistas vigentes, para que os direitos sejam respeitados”, disse o advogado.

 

 

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