Festa em louvor a Anna Rosa terá missa para homenagear Padre Orestes neste domingo, 27

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Festa em louvor a Anna Rosa terá missa para homenagear Padre Orestes neste domingo, 27 25 setembro 2020


A Paróquia de São Pio X, em Botucatu, promove até o dia 27, a Festa de Santa Cruz de Anna Rosa. O evento teve início no último dia 10.

O tema este ano é “Feminicídio e a Violência contra a mulher”. Fazem parte da programação uma missa em homenagem ao padre Orestes Gomes Filho, grande incentivador desta iniciativa, falecido em março deste ano, um almoço tropeiro (com entregas drive-thru) organizado pela equipe do Joãozinho, da transportadora Aquariun, e o tradicional Bolo de Pote da Nice.

A ideia de organizar a festa em homenagem a Anna Rosa, um dos personagens mais conhecidos da história cultural de Botucatu, é da Comunidade de São Pio X, coordenada pelo padre José Francisco Antunes (padre Chico), responsável pela paróquia de São Pio X.

Segundo padre Chico, neste ano, devido à Pandemia, a festa diferente, mas refletindo com profundidade os temas: Feminicídio e a Música Raiz através de Lives. “A cruz nos motiva a dar o nosso melhor… como Jesus deu! Sim, eu amo a mensagem da cruz! Ela é rejeitada por muitos, mas fala de salvação, conforto e desafio. É preciosa e insubstituível!”, declara.

Confira a programação deste fim de semana na Festa de Santa Cruz de Anna Rosa

25 e 26/9 – 19h30: Live Caipira de Anna Rosa

27/9 – 10h: Missa em homenagem ao Padre Orestes

27/9 –  Das 11h30 às 14h: Almoço Tropeiro (com retirada por drive-thru)

Capela – Localizada na Avenida Mário Barbéris, na Cohab I, em Botucatu, ao lado da sede do Tiro de Guerra, a capela em homenagem à Anna Rosa foi recentemente reformada. Existe um projeto de, na área situada atrás da capela, ser construído um Museu da Música Caipira.

Relembre a história de Anna Rosa

Na manhã do dia 22 de junho de 1885, um fazendeiro cavalgava por Botucatu, quando o animal, inesperadamente, o conduziu para um terreno nos arredores do município, próximo ao Rio Lavapés. Ali, o homem encontrou abandonado o corpo de uma mulher mutilada, sem os seios, orelhas, lábios, dedos e língua.

Graças a uma escrava fugida que viu o crime, escondida, foram reconhecidos assassino e vítima: a jovem era Anna Rosa, de 20 anos, e seu algoz era o próprio marido, Francisco Carvalho Bastos, conhecido como Chicuta, um influente carreiro com idade entre 40 e 45 anos.

A tragédia de Anna Rosa chocou a pacata Botucatu do século 19, que compareceu em peso no seu enterro. Mais de 130 anos depois, o túmulo da moça – uma construção rosa modesta localizada no Cemitério Portal da Cruzes – ainda é preservado pelos moradores da cidade.

Mais que empáticos à tragédia da jovem, muitos ali são devotos de Anna Rosa, considerada milagreira na região. Seu túmulo tem centenas de placas em agradecimento de pessoas que afirmam ter alcançado graças por intercedência dela.

De milagreira à moda de viola

Por mais de 70 anos, a história de Anna Rosa foi passada de geração em geração de forma oral, até que, em 1957, a dupla sertaneja Tião Carreiro e Pardinho gravou uma música que conta a tragédia da jovem, descrevendo Chicuta como um “caipira bastante atrasado” que “batia na pobre mulher com a vara de ferrão de bater no gado”. Intitulada Anna Rosa, a composição é do músico Carreirinho, nascido em Bofete.

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