28 dezembro 2025
A presença de animais silvestres na cidade reflete a adaptação da fauna às transformações do ambiente urbano

A presença de animais silvestres em áreas urbanas tem se tornado cada vez mais comum — e em muitos casos é um fenômeno natural. Em Botucatu, esse cenário também é observado, especialmente em bairros próximos a áreas verdes, córregos, fundos de vale e regiões de expansão urbana.
Algumas espécies conhecidas como generalistas conseguem se adaptar com facilidade ao ambiente urbano porque encontram na cidade condições semelhantes às de seus habitats naturais. Entre os principais fatores que favorecem essa adaptação estão:
- Oferta de alimento, como restos de comida, lixo mal acondicionado, frutos de árvores urbanas e pequenos animais;
- Abrigo, em terrenos baldios, áreas verdes, telhados, forros, bueiros e estruturas abandonadas;
- Disponibilidade de água, em córregos urbanos, lagos, caixas d’água descobertas ou recipientes com acúmulo de água;
- Redução de predadores naturais, característica comum dos centros urbanos.

Em Botucatu, é possível o registro de mamíferos como quatis, gambás, ouriços e morcegos, além de diversas espécies de aves e, ocasionalmente, serpentes. A presença desses animais não indica, necessariamente, um desequilíbrio ambiental imediato, mas sim a capacidade de adaptação da fauna às condições oferecidas pela cidade. Em muitos casos, essa aproximação está ligada à expansão urbana sobre áreas naturais, que reduz ou fragmenta os habitats originais.
Especialistas reforçam que esses animais não devem ser encarados como invasores, mas como parte do ecossistema que também se adapta às transformações causadas pela ocupação humana. A convivência segura depende de atitudes responsáveis por parte da população, como:
- Não alimentar animais silvestres;
- Manter o lixo sempre bem acondicionado;
- Evitar contato direto, captura ou tentativas de afugentamento;
- Acionar os órgãos competentes sempre que o animal estiver em risco ou em local inadequado.
Respeitar a fauna silvestre é essencial para a saúde ambiental, o equilíbrio dos ecossistemas e também para a segurança da população, fortalecendo uma convivência mais consciente entre cidade e natureza.













