Estado de SP segue sem chuva até o fim de julho

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Estado de SP segue sem chuva até o fim de julho 20 julho 2022
Foto: Acontece Botucatu

A população pergunta: quando vai chover um pouco para aliviar a secura do ar e do solo, assentar a poeira que tem estado suspensa, piorando a qualidade do ar. A outra pergunta é: quando virá o frio do inverno?

Por enquanto, nenhuma mudança, nenhuma novidade à vista, é a resposta para as duas perguntas. A grande massa de ar seco que vem predominando sobre o Brasil, e atuando fortemente sobre a Região Sudeste, ficou ainda mais forte nos últimos dias e mantém as condições para o bloqueio atmosférico que impede que as frentes frias avancem com força para o Sudeste.

Época de estiagem

 Não chover em julho na Região Sudeste é algo relativamente comum. A Climatologia mostra que este é um mês de baixíssimas médias de chuva, que não passam de 60 mm mensais, para a maioria das áreas da Região. O cálculo pode ser visto no mapa feito pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), com dados do período de 1990 a 2020.

O problema é que a falta de chuva vem sendo sentida desde março. Agora, a chance de chuva já normalmente baixa e possibilidade de alguma chuva fica ainda mais remota, com a atuação do forte bloqueio atmosférico.

A primeira quinzena de julho fechou com grande parte do Sudeste acumulando de 70 a mais de 100 dias sem ocorrência de chuva igual ou acima de 10 mm em 24 horas.

Até o fim de julho, os poucos episódios de chuva poderão ocorrer em algumas áreas do litoral do Sudeste, em dias onde houver um eventual aumento do vento marítimo. Nesta situação tem-se um aumento da concentração de ar úmido nas áreas próximas ao mar, o que favorece o desenvolvimento de nuvens de chuva.

Quando o bloqueio vai terminar?

O balanço de temperatura da superfície da água do mar entre a costa da Região Sul e o região da costa entre o Uruguai e a Argentina não esteve favorável ao deslocamento das frentes frias.

O meteorologista Vinícius Lucyrio, da equipe de previsão climática da Climatempo explica que “A expectativa é que a diferença de temperatura entre estas regiões volte a ficar mais forte ao longo das próximas semanas, favorecendo a entrada de mais frentes frias, especialmente a partir da segunda semana de agosto. Por enquanto, ao longo das próximas duas semanas, a tendência ainda é de uma situação de bloqueio, com a permanência de ar quente sobre o Centro-Oeste e Sudeste, e ingresso de ar quente também pela Região Sul (principalmente no oeste da região).

Vinícius explica também que ” os modelos atmosféricos computacionais indicam alguma mudança no final de julho e início de agosto, com enfraquecimento de um bloqueio observado também no Pacífico Sul e consequente enfraquecimento do bloqueio no Sudeste, mas ainda não há sinalização de mudança radical, com grande resfriamento.”

Fonte: Climatempo

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