Esposa confessa ter matado e esquartejado marido

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Esposa confessa ter matado e esquartejado marido 06 junho 2012

Elize Matsunaga, 38 anos, mulher do empresário Marcos Kitano Matsunaga, 42, diretor-executivo da empresa de alimentos Yoki, confessou que matou e esquartejou o marido em depoimento nesta quarta-feira (6) no Departamento de Homicídios e de Proteção ? Pessoa (DHPP) de São Paulo.

Ela que é bacharel em direito e enfermeira, está presa desde segunda-feira (4) e apesar de dizer que cometeu o crime sozinha, uma testemunha diz ter visto quando um motociclista, vestido de preto e em uma moto escura, jogou sacos plásticos azuis em um região de mata de Cotia (Grande SP). O possível envolvimento de outra pessoa será investigado.

Disse a mulher que atirou no executivo dentro do apartamento do casal e levou o corpo para o quarto da empregada, onde o esquartejou e colocou as partes em sacos plásticos. No depoimento, também disse ter sido a única responsável por descartar os sacos plásticos com as partes do corpo do empresário.

A polícia já havia informado que as investigações apontavam que Matsunaga traía a mulher e que o crime teria motivação passional. Há suspeitas, no entanto, que Elize tenha tido ajuda para desovar o corpo.

{n}O crime {/n}

A polícia analisou imagens de câmeras de segurança do prédio onde morava o casal, na zona oeste de São Paulo. No sábado (19 de maio), o casal, a babá e a filha do casal de um ano, chegam ao apartamento por volta das 18h30. A babá, dispensada, foi embora logo em seguida.

Cerca de uma hora depois, Matsunaga desce até a portaria para pegar uma pizza. Ele estava com a mesma roupa (uma camisa marrom) encontrada pela polícia nos locais onde pedaços de seu corpo foram deixados.
Às 5 horas de domingo (20), a babá chega ao apartamento, ao qual ela possui acesso limitado, não podendo circular por todos os cômodos. Por volta das 11h30, Elize desce até a garagem, pelo elevador de serviço, com três malas.

Às 23h50, ela retorna sem as malas. Segundo a polícia, ela afirmou que esqueceu as malas no carro. “O fato é que ele entrou no apartamento vivo e de lá não saiu”, disse o delegado Jorge Carrasco, chefe do DHPP. Os policiais suspeitam que Elize contratou um detetive para seguir o executivo. E descobriu que, entre 17 e 18 maio, ele teria saído com algumas mulheres.

Dois dias depois do crime, pedaços de um corpo começam a ser encontrados em sacos plásticos por moradores do bairro de Caucaia, em Cotia, na Grande São Paulo. Primeiro um pé, uma calça jeans manchada de sangue e uma camisa de malha. Dias depois, braços, ossos e, por fim, a cabeça do neto do fundador da Yoki.

Consta que Matsunaga era colecionador de armas e, após seu desaparecimento, Elize entregou ? Guarda Municipal de Cotia algumas armas que pertenciam a ele para que fossem destruídas. Entre elas estava uma de calibre 7.65, idêntica ? arma usado no tiro ? queima-roupa que atingiu o lado esquerdo da cabeça da vítima.

Elize e o marido faziam curso de tiros e ela, destra, é considerada uma boa atiradora. O tiro na cabeça do executivo foi dado ? curta distância e pelo lado esquerdo. Para os policiais, esse também é outro indício contra Elize.

Carrasco disse também que no apartamento do casal existem várias geladeiras, “verdadeiras câmaras frigoríficas”, que estão sendo periciadas. A polícia diz acreditar que as partes do corpo de Matsunaga ficaram em algum tipo de refrigerador antes de serem jogadas em Cotia. A polícia também encontrou no imóvel sacos de lixo de modelo idêntico ao usado para embalar as partes do corpo da vítima. Segundo Carrasco, são sacos muito incomuns, provavelmente importados, que possuem um filete vermelho na extremidade. Os peritos que analisaram as partes do corpo afirmam que os cortes foram feitos com extrema precisão.

Fotos: Divulgação

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