Estrutura ocupa pouco espaço e requer baixa manutenção
Um equipamento voltado para a irrigação de hortaliças desenvolvido durante uma dissertação de mestrado na Faculdade de Ciências Agronômicas (FCA) da Unesp, câmpus de Botucatu, acaba de ter seu registro de patente emitido pelo Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI).
Trata-se de uma estrutura vertical com irrigação para cultivo de hortaliças, que pode ser utilizado por produtores no ramo da horticultura, especialmente na produção urbana, visto que ocupa pouco espaço e requer baixa manutenção.
“Dentre as vantagens do equipamento, podemos citar a elevada produção em pouco espaço, a elevada eficiência no uso da água, graças ao sistema de irrigação utilizado, e a produção de hortaliças orgânicas devido ao sistema de produção de biofertilizante que o sistema utiliza”, relata o professor Rodrigo Máximo Sánchez Román, responsável pelo desenvolvimento do equipamento juntamente com Kevim Muniz Ventura, então seu orientado.
Ventura, que compartilha a patente outorgada com o professor Román, já finalizou o doutorado em Agronomia – Irrigação e Drenagem na FCA. E foi durante seu mestrado, defendido em 2017, que o equipamento foi desenvolvido, testado e aperfeiçoado. Em sua dissertação ele descreve o sistema, seu funcionamento, e apresenta dados de produção de diversas hortaliças.
A dissertação pode ser conferida aqui: https://repositorio.unesp.br/items/ea71e7c9-bb47-432d-b7af-46feb282ec84
O equipamento patenteado foi utilizado em dois projetos de extensão da FCA, em parceria com a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Botucatu (APAE) e com a Secretaria Municipal de Educação de Iacanga, onde sua eficiência foi confirmada. “A ideia dos projetos de extensão veio da necessidade de levar os resultados da pesquisa de mestrado do aluno para a sociedade”, explica o professor Román.
“Em parceria com o então co-orientador, professor Roberto Lyra Villas-Boas, que já tinha um projeto com hortaliças em andamento na APAE, surgiu a ideia de levar o sistema para a instituição. Também levamos o projeto para Iacanga, a partir do interesse da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA) de divulgar os nossos resultados em escolas municipais no estado de São Paulo”.
Os dois projetos de extensão citados foram aprovados com verba da então Pró-reitoria de Extensão, hoje Pró-reitoria de Extensão Universitária e Cultura da Unesp. O processo de solicitação da patente foi realizado pela Agência Unesp de Inovação (AUIN).
“Toda a burocracia é feita por eles, sempre em contato com os inventores. Como se trata de um produto e patente gerado dentro da Unesp, o equipamento já foi utilizado por outros alunos da pós-graduação, gerando mais dados científicos sobre o uso do mesmo”, conta o professor Roman, reafirmando a importância da patente. “A outorga da patente tem a importância de garantir que a propriedade intelectual gerada no mestrado do aluno seja respeitada e sempre vinculada aos inventores”.