Um dos assuntos mais polêmicos da semana foi a indignação do empresário da Cidade de Botucatu, Fernando Borgatto (foto), aos meios de comunicação que não poupou críticas ? s festividades comemorativas ao 159º aniversário de Botucatu realizado na Praça da Catedral. Fez seu manifesto através de uma carta onde mostrou todo seu descontentamento. Dentre outras coisas entendeu que houve falta de planejamento e logística.
Nas redes sociais muitas pessoas ligadas aos mais diferentes segmentos sociais da Cidade expuseram suas opiniões sobre o assunto. A carta do empresário publicada no Acontece Botucatu gerou mais de 8 mil acessos na página, mais de 300 curtidas, mais de 120 comentários, mais de 180 compartilhamentos, além dos mais de 15 mil acessos do site.
Procurado pela reportagem do Acontece, Borgatto alegou que sua intenção ao fazer o manifesto público foi tentar ajudar a buscar uma solução para o fato de Botucatu ainda não ter um espaço adequado para festas de grande porte. Obrigado pela repercussão, pelo grande apoio e também pelas críticas. Quero dizer que não sou contra partido nenhum e, principalmente, não sou contra o prefeito João Cury, muito menos candidato a nada e nem pretendo ser. Também não quero vender terreno nenhum para a Prefeitura ou participar de nenhuma licitação do Poder Público para fazer Recinto de Eventos ou qualquer outra obra pública. Já senti na pele a dificuldade que foi, por exemplo, a construção do Fórum, observa o empresário.
Enfatiza que a Construtora Resiplan está totalmente focada na construção do maior empreendimento imobiliário da história de Botucatu. A obra do Boulevard Cidade que está em pleno andamento, com todo gás, é enorme. São 42 mil metros quadrados. E também já estamos começando as obras do Polo Cosmopolitan Vital Brasil. Isso demanda muita energia e é em nossos empreendimentos que está todo o nosso trabalho, com muito orgulho, empregando muita gente, trazendo tecnologia de ponta para Botucatu e pensando sempre no melhor para nossos clientes, frisa Borgatto.
Esclarece que não é contra as festas de aniversário da Cidade, de Sant´Anna, entre outras e a intenção do seu manifesto foi e é uma só: que Botucatu copie os bons exemplos de cidades como Avaré, Ourinhos e Lençóis Paulista, e tenha o seu próprio Recinto para realizar suas festas e eventos. Esse local tem que ser adequado, com segurança, com higiene, com infraestrutura, planejamento, estacionamento, sem causar um caos no trânsito, com dignidade para os que trabalham e mais conforto para a população. Não é muito. É só o que se espera de uma cidade do porte da nossa, realça.
Entende Borgatto que esse espaço tem que ser o orgulho dos botucatuenses para que possam se manifestar. Trazendo exposições mostrando que a gente faz de melhor, daquilo que o trabalho de Botucatu produz, das suas indústrias, das suas faculdades, da sua cultura, etc. Um local digno, decente, para feiras industriais e agropecuárias, eventos, shows, exposição, tudo num só local. Que as indústrias possam expor seus produtos que dão orgulho a cidade, elenca o empresário. A intenção não foi causar polêmica, mas o manifesto foi em respeito ao patrimônio público, com a história da cidade, com os locais que não merecem servir para aquilo que não foi planejado, diz.
Sobre ser um dos patrocinadores da festa ele foi taxativo. Entrei para ver se era eu que estava errado, pois venho criticando festas Largo da Catedral faz tempo. Paguei pra ver e fiquei decepcionado. A começar pela dificuldade de estacionamento. Um pandemônio! E na praça? Como é que se aceita aquele parque enferrujado e caindo aos pedaços, colocando crianças em risco e barracas sem nenhuma preocupação com a higiene? Estava tudo errado!, critica Borgatto. Isso sem falar do mau cheiro exalado pelos sanitários químicos. Ninguém suporta aquilo!, completa.
Reconhece que Botucatu vive um ciclo de desenvolvimento, com bons índices econômicos, mas não consegue resolver esse problema, que tem que ser tratado como prioridade. Porque não podemos ter o nosso espaço adequado e planejado? Custa dinheiro? Custa! Mas temos que pensar em alternativas envolvendo os mais diferentes segmentos da sociedade. Passou da hora! Proponho-me a fazer parte desse grupo. Vivemos numa cidade universitária, de gente pacífica, trabalhadora e ordeira que merece participar desses eventos com um mínimo de conforto, enfatiza Borgatto.
E complementa: Claro que isso não se consegue do dia prá noite, mas alguém tem que começar! Enquanto esse local não for construído é necessário se pensar em outro local para festas que sejam acessíveis ? população. Na Praça Catedral não dá mais! Já saturou! E preciso que se entenda isso! E o local escolhido tem que ser planejado para ser bem aproveitado. Não é questão de polêmica, mas sim de lógica.
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