Embraer vai receber US$ 150 milhões da Boeing em acordo para encerrar processo de arbitragem

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Embraer vai receber US$ 150 milhões da Boeing em acordo para encerrar processo de arbitragem 16 setembro 2024

Acordo põe fim a procedimento de arbitragem movido pela Embraer contra empresa americana, que rescindiu acordo para criação de empresa conjunta entre elas em 2020.

A Embraer anunciou na manhã desta segunda-feira (16) que a Boeing vai pagar US$ 150 milhões para fabricante de aeronaves brasileira em um acordo que encerra os procedimentos de arbitragem entre as duas empresas.

A ação foi movida pela Embraer em abril de 2020, após a Boeing rescindir um acordo para criação conjunta de uma empresa na aviação comercial. À época, o negócio era avaliado em US$ 5,2 bilhões.

Em comunicado ao mercado financeiro na Comissão de Valores Mobiliários, a Embraer informou nesta segunda-feira que os procedimentos de arbitragem entre as empresas foram concluídos com o acordo.

O documento é assinado por Antonio Carlos Garcia, Vice-Presidente Executivo Financeiro e Relações com Investidores da Embraer.

A arbitragem é um mecanismo usado na solução de conflitos em negociações sem envolver a Justiça. O modelo é mais rápido e dispensa alguns protocolos do judiciário. Ao invés de um juiz, o processo é julgado por uma pessoa eleita pelos envolvidos e especialista na área, no caso, a aviação.

Nesse caso, a medida foi movida pela Embraer como uma tentativa em reaver perdas sofridas com o cancelamento do negócio. Só em 2019, a empresa brasileira afirmou ter investido R$ 485 milhões para preparar a venda da divisão comercial à Boeing.

Em nota, a Boeing confirmou ter concluído o processo de arbitragem com a Embraer e destacou a parceria com o Brasil. “Esperamos continuar contribuindo para a indústria aeroespacial brasileira”, informou.

Negócio cancelado

Em 2018, a Embraer e a Boeing anunciaram a criação de uma empresa conjunta em um negócio então avaliado em US$ 5,26 bilhões. A empresa ficaria sob comando da Boeing, com 80% de participação, sendo que a Embraer ficaria com os 20% restantes.

Dois anos depois, durante os processos para criação da joint venture, a Boeing anunciou a rescisão do acordo sob a alegação de “a Embraer não ter atendido as condições necessárias”.

Na ocasião, a Embraer afirma que a Boeing rescindiu “indevidamente” o acordo entre as empresas na área comercial e que a empresa norte-americana “fabricou falsas alegações como pretexto para tentar evitar seus compromissos de fechar a transação”.

Fonte: portal G1

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