
Modelo da Embraer é fabricado em Botucatu e é líder do setor

A Embraer projeta que o ano de 2025 pode representar o início de um ciclo de retomada firme para sua divisão de aviação agrícola. Com produção concentrada em Botucatu, interior de São Paulo, a empresa mantém ritmo estável de 60 a 70 aeronaves vendidas por ano – número que deve se repetir neste ano, caso o cenário político e econômico se mantenha favorável.
“Nosso plano, por ora, é continuar nessa faixa de produção”, afirmou o líder da aviação agrícola da companhia, Sany Onofre, durante a Agrishow, feira de máquinas e produtos agrícolas que terminou na última sexta-feira (2).
A capacidade de produção atual permite até 100 unidades por ano sem grandes investimentos. Ainda que não pretenda usá-la por completo, o sentimento da Embraer é de virada. “Este ano já percebemos um otimismo maior que no ano passado, que também foi bom”, disse o executivo. “A gente acha que este ano marca uma virada”, comentou.
Aeronave a etanol
A principal estrela da companhia no segmento é o Ipanema, com mais de cinco décadas. A atual geração do modelo, que já nasce 100% movida a etanol, acumula quase 400 unidades entregues e faz parte de uma frota ativa de cerca de 1.200 aeronaves no país.
“O Ipanema é o avião mais vendido do Brasil – não apenas entre os agrícolas, mas considerando todos os segmentos.”
O modelo, segundo ele, é mais barato de operar do que manter quatro pulverizadores terrestres, substituindo-os em eficiência. O preço atual de um Ipanema gira em torno de R$ 4 milhões, variando conforme os equipamentos embarcados.
Segundo a Embraer, produtores com propriedades acima de 1,5 mil hectares já conseguem justificar o investimento em uma aeronave própria.
Fonte: Canal Rural
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