Embraer mantém estudos para fabricar avião de maior porte

Geral
Embraer mantém estudos para fabricar avião de maior porte 18 maio 2025

Tema é foco de questionamentos do mercado ante janela de crescimento deixada por concorrentes como Boeing e seu modelo 737 MAX

O presidente da Embraer, Francisco Gomes Neto, voltou a comentar sobre os estudos da empresa na direção de produzir um avião maior na divisão comercial, mas disse que, por enquanto, nada foi definido. Atualmente, as aeronaves da empresa chegam a 146 assentos.

O tema é constantemente alvo de perguntas do mercado ante estimativa de que a empresa estaria próxima de dar esse novo passo, sobretudo diante do enfraquecimento da concorrente Boeing — a americana tem enfrentado desafios no seu principal modelo, o 737 MAX, após uma série de acidentes.

“Essa é uma boa questão e não é fácil de responder. Sim, os clientes estão perguntando sobre nossos planos de aviões maiores. No momento estamos muito focados em vender o [modelo] E2. E estamos trabalhando e investindo em novas tecnologias para novos produtos no futuro. Pode ser avião executivo maior, comercial ou de defesa. Estamos fazendo estudos. Não há decisão”, disse.

O presidente da Embraer afirmou também que a indústria continua sofrendo com uma cadeia de fornecimento complexa. Entre os componentes com problemas de fornecimento estão partes de fuselagem e alguns tipos de motor.

O executivo sinalizou ainda os esforços do grupo para estabilizar sua produção — parte significativa das entregas eram muito concentradas no fim do ano e, agora, o grupo conseguiu espalhar o fluxo durante os trimestres.

“Neste ano, vimos os primeiros resultados do projeto. Para 2026 em diante esperamos uma maior estabilidade da produção.”

Mesmo com os problemas, o grupo tem conseguido progredir nas entregas de aviões, o que levou a fabricante a manter suas perspectivas para 2025 — entre elas es- tá a projeção de entregar entre 77 e 85 aeronaves na divisão comercial.

Gomes Neto disse que a Embraer trabalha nas campanhas de vendas na Índia do KC-390, aeronave de defesa. “Estamos trabalhando os próximos passos. Esperamos algo mais provavelmente nos próximos dois anos”, disse. A janela é para pedidos na casa de 40 a 80 aviões. Ainda sobre a Índia, o executivo disse que há campanhas também para o E2.

A fabricante brasileira teve lucro líquido de R$ 434 milhões no primeiro trimestre, alta de 204,1% na comparação anual.

Em relatório, a equipe de analistas do Citi destacou que a Embraer teve números operacionais robustos no primeiro trimestre, apoiado no bom desempenho operacional, reiterando também as metas para o ano mesmo com incertezas relacionadas às tarifas dos Estados Unidos.

Já a equipe do Goldman Sachs escreveu, em relatório, que a empresa conseguiu bons resultados mesmo em um período sazonalmente negativo. Enquanto isso, o Santander disse que a fabricante superou as expectativas com os bons números da aviação comercial e executiva.

Fonte: DefesaNet

Compartilhe esta notícia
Oferecimento
BERIMBAU INST MOBILE
Oferecimento