
O setor de aviação comercial da empresa foi quem puxou essa alta de abril a junho deste ano, representando US$ 13,1 bilhões em pedidos no trimestre.

A Embraer divulgou nesta segunda-feira (21) seu balanço do segundo trimestre de 2025. A empresa entregou 61 jatos no período e alcançou um recorde histórico na carteira de pedidos firmes, que somou R$ 165,4 bilhões.
Segundo a companhia, foram entregues 19 aviões comerciais, 38 executivos e quatro militares. O número representa um crescimento de 30% em relação ao mesmo trimestre do ano passado, quando foram entregues 47 aeronaves. No acumulado do ano, são 91 entregas — alta de 26% em comparação às 72 registradas no mesmo período de 2024.
O setor de aviação comercial puxou a alta no volume de pedidos, com US$ 13,1 bilhões registrados entre abril e junho. Já a aviação executiva somou US$ 7,4 bilhões, enquanto o segmento de Serviços e Suporte respondeu por US$ 4,9 bilhões. A divisão de Defesa e Segurança teve US$ 4,3 bilhões em pedidos.
Com esses números, a carteira total de pedidos firmes da empresa atingiu US$ 29,7 bilhões, o equivalente a R$ 165,4 bilhões — o maior valor já registrado pela Embraer.
Entregas no 2º trimestre de 2025
- 19 aviões comerciais (mesmo número do 2º trimestre de 2024)
- 38 jatos executivos (alta de 41% em relação ao mesmo período do ano passado)
- 4 aeronaves A-29 Super Tucano (em 2024, a entrega foi de um cargueiro KC-390)
A empresa projeta crescimento de 10% no setor de aviação comercial e 15% na aviação executiva até o fim de 2025, em relação a 2024. Não foram divulgadas projeções para a área de Defesa.
Incertezas com tarifa dos EUA
Apesar dos bons resultados, a Embraer vive um momento de incerteza diante do anúncio de um tarifaço dos Estados Unidos sobre produtos brasileiros. O governo americano, por meio de medida proposta por Donald Trump, anunciou a intenção de impor uma tarifa de 50% sobre importações do Brasil a partir de agosto.
A Embraer estima que, se a medida for implementada, pode haver um impacto de até R$ 20 bilhões até 2030. Para 2025, o impacto projetado é de R$ 2 bilhões. Segundo a empresa, os efeitos incluem possível cancelamento de pedidos, adiamento de entregas, cortes de investimentos e até demissões. Os Estados Unidos são o principal destino das exportações da Embraer.
Investimentos e sustentabilidade
Ainda neste ano, a companhia reafirmou o plano de investir R$ 20 bilhões até 2030 para ampliar sua capacidade produtiva e desenvolver novas tecnologias. O objetivo é aumentar a presença internacional e apostar em soluções sustentáveis para reduzir a emissão de carbono na aviação.
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