
A Embraer encerrou nesta quarta-feira (14) o programa de demissão voluntária (PDV) nas cinco unidades do Brasil. A medida, motivada pela crise econômica, teve início no último dia 17 e faz parte de um pacote de ações da fabricante de aviões, que prevê um corte de US$ 200 milhões em despesas ao ano.
De acordo com a empresa, o PDV não será prorrogado e as adesões serão avaliadas até o dia 23 de setembro – os pedidos de adesão não têm aprovação automática e serão analisados individualmente pela companhia.
Por causa do processo de avaliação, a Embraer preferiu não informar o balanço preliminar de pedidos. Os desligamentos estão previstos para a primeira semana de outubro. A empresa não informa meta para dispensas.
Além do pagamento da rescisão, os trabalhadores que aderirem vão receber uma indenização correspondente a 40% do salário nominal, proporcional ao tempo de empresa, direito a seis meses extras de plano de saúde e odontológico, e apoio em programas de palestras e workhops de qualificação.
No último trimestre, a Embraer sofreu prejuízo de R$ 337,3 milhões, revertendo resultado positivo, de R$ 399,6 milhões obtido no mesmo período do ano passado. A companhia também cortou estimativas para entregas de aviões executivos e comerciais.
Com isso, a projeção de receitas líquidas neste ano teve queda para o intervalo de US$ 1,6 bilhão a US$ 1,75 bilhão ante previsão anterior de US$ 1,75 bilhão a US$ 1,9 bilhão. Nos últimos seis meses, o consumo de caixa da companhia foi de US$ 600 milhões.
No pacote de medidas contra a crise, a Embraer anunciou a revisão do plano anual para os próximos anos em que prevê readequação da estrutura administrativa e operacional e redução de custos em todas unidades da empresa no mundo.
Fonte: G1.com
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