07 fevereiro 2025
Dados constam do relatório da empresa Ciclo Limpo, parceira da FMVZ desde março de 2024.
Desde março de 2024, a Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ) da Unesp, câmpus de Botucatu, implementou mudanças importantes em seu sistema de gerenciamento de resíduos sólidos. Dentre as medidas tomadas está o estabelecimento de um contrato entre a Fundação de Apoio aos Hospitais Veterinários da Unesp (Funvet) e a Ciclo Limpo, empresa que tem ex-alunos da Unesp entre seus fundadores, especializada em dar a destinação correta e sustentável a resíduos orgânicos, evitando seu depósito no aterro sanitário do município.
Desde então, a Ciclo Limpo passou a fazer a coleta semanal e a compostagem dos resíduos orgânicos gerados no Centro de Medicina e Pesquisa em Animais Selvagens (Cempas) e na Supervisão das Fazendas de Ensino, Pesquisa e Extensão (FEPE), na Fazenda Lageado. Acondicionado em recipientes especialmente fornecidos pela Ciclo Limpo para essa finalidade, o material coletado é transformado em adubo orgânico, um composto rico em nutrientes que pode ser usado em hortas e jardins.
Ao encerrar o ano de 2024, a empresa Ciclo Limpo disponibilizou seu Relatório Anual de Impactos Positivos, que apresenta números expressivos em relação ao Cempas. De março de 2024 até o final do ano, a Ciclo Limpo coletou mais de 10 toneladas de resíduos orgânicos gerados no Cempas, evitando assim a emissão de 7.974,12 kg de gases de efeito estufa na atmosfera e gerando 3.106,8 kg de composto orgânico por meio da compostagem.
A maior parte do material coletado é constituída primordialmente por resíduos do preparo dos alimentos para os animais, além das sobras dessa alimentação. “Esses resultados demonstram o impacto positivo das nossas ações, reforçando o nosso compromisso contínuo com a sustentabilidade e a redução dos danos ambientais. Continuaremos monitorando e aprimorando essa iniciativa para garantir que possamos manter esses resultados tão significativos”, comenta a médica veterinária Paolla Franco, do Cempas. “Reforço a importância da continuidade das atividades de coleta e compostagem dos resíduos, uma vez que, além de promoverem o cuidado com o meio ambiente, também contribuem para a construção de uma cultura de sustentabilidade dentro da instituição e na comunidade”.
O biólogo Julio Ruffin Pinhel, sócio-fundador da Ciclo Limpo, comentou a parceria com a FMVZ/Unesp: “Nossas decisões, seja como pessoas ou como instituições, sobre como vamos destinar nossos resíduos, podem ter impactos extremamente negativos ou positivos. Os resíduos orgânicos enviados aos aterros sanitários vão gerar chorume que pode contaminar o lençol freático, vão gerar gases do efeito estufa que podem contribuir para as mudanças climáticas, entre outros problemas. Quando destinamos tais resíduos para a compostagem, que é o correto a ser feito, inclusive por determinação legal, obtemos um impacto positivo deixando de gerar os problemas citados e ainda gerando um composto orgânico de alta qualidade agronômica que vai voltar a fertilizar a terra, ou seja, temos impactos ambientais tremendos. A FMVZ tomou a decisão de destinar corretamente seu lixo orgânico e agora vemos o tamanho do impacto. São dez toneladas que deixaram de poluir o meio ambiente em menos de um ano. Para além do impacto ambiental, destaco a importância da FMVZ para a gestão adequada dos resíduos orgânicos do município. Realmente, é uma parceria que está trazendo frutos robustos e significativos e isso nos deixa satisfeitos e orgulhosos”.
Assessoria FMVZ
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