Depois de uma intensa negociação que vinha se arrastando desde o dia 1º de julho, intermediada pelo Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil e do Mobiliário de Botucatu, os funcionários da Duratex (que estavam em estado de greve), por intermédio de votação, aceitaram a contra-proposta da empresa e o acordo salarial foi selado.
A batida do martelo aconteceu na primeira hora da madrugada desta quarta-feira (17). Foram computados, no total da apuração, 669 votos, com 443 trabalhadores votando favoráveis ao acordo (66,22%) e 225 (33.63%) contra a proposta da empresa, havendo, ainda, um voto nulo.
Com a proposta da empresa aceita, os funcionários que recebem até R$ 4 mil, terão 2% de aumento real, mais o índice da inflação do período que foi de 4,91%, totalizando 6,91%. Já os que ganham acima de R$ 4 mil ficaram com 1,54% de aumento real, mas a inflação, chegando a 6,45%. Além disso, também foram negociados os valores da cesta básica e Unimed, de acordo com a faixa salarial de cada funcionário.
Inicialmente, a empresa oferecia 1,54% de aumento real, mais a inflação do período que foi de 4,91% e o sindicato pleiteava o percentual da inflação, mais 5% de aumento real. Para o diretor social do sindicato, José Luis Fernandes, o acordo satisfez a maioria dos funcionários.
O sindicato não decide, mas fez toda a intermediação das negociações e tudo foi discutido em assembleias realizadas na porta da fábrica, em diferentes horários. Os funcionários, em sua maioria, se posicionaram e decidiram a aceitar o que a empresa ofereceu, explana Fernandes. Se não houvesse o acordo a greve seria o caminho, emendou o diretor social, lembrando que o sindicato está negociando agora o reajuste com a empresa Eucatex.
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