Das 14h20 ? s 19h15 desta quinta-feira (4). Foi esse o tempo que durou a negociação entre a empresa Duratex e o Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil e do Mobiliário de Botucatu, para tentar evitar uma greve que estava programada para ser deflagrada a partir da próxima segunda-feira (8).
A empresa estava oferecendo 1,54% de aumento real, mais a inflação do período que foi de 4,91%. O sindicato pleiteia o percentual da inflação, mais 5% de aumento real. Em várias assembleias realizadas na porta da fábrica, os funcionários optaram em não aceitar a proposta da empresa fabricante de chapas de fibras prensadas e o Sindicato deu prazo de 72 horas para iniciar a greve.
Entretanto, a direção da empresa vislumbrou uma nova proposta que foi colocada na mesa de negociação nesta quinta-feira. Para quem recebe até R$ 4 mil, ofereceu 2% de aumento real, mais o índice da inflação do período que foi de 4,91%, totalizando 6,91%. Já os que ganham acima de R$ 4 mil a proposta é de 1,54% de aumento real, mas a inflação, chegando a 6,45%. Além disso, também foram negociados os valores da cesta básica e Unimed, de acordo com a faixa salarial de cada funcionário.
O diretor social do sindicato, José Luis Fernandes, adianta que a proposta será colocada para apreciação dos funcionários em assembléia. O sindicato não decide nada, apenas faz a intermediação das negociações para zelar pelo bem estar dos trabalhadores. O que eles decidirem, será feito, salienta Fernandes.
O acordo entre a Duratex e o Sindicato vem sendo costurado desde o dia 1º de julho, data base do dissídio da categoria. Depois de nove rodadas de negociação sem que o acordo fosse selado, representantes das duas partes estiveram numa mesa redonda no Ministério Regional do Trabalho em Bauru, mesmo assim não houve acordo entre as partes.
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