O governo de São Paulo determinou nesta terça-feira (22) medidas de endurecimento da quarentena com o aumento nas restrições de funcionamento de bens e serviços em todo estado.
De acordo com o anúncio, apenas serviços essenciais como transporte, saúde, padarias, mercados e farmácias poderão funcionar nos dias 25, 26 e 27 de dezembro e 1, 2 e 3 de janeiro.
“A gente precisa lembrar que não estamos em um momento de festas, nem de aglomerações. É nesses momentos que esse risco de descontrole da pandemia acontece e o mundo inteiro agora está aplicando medidas específicas neste momento. São Paulo sempre se diferenciou do resto do Brasil por honrar o seu compromisso de tomar as decisões no momento necessário e é isso que estamos fazendo agora”, disse a secretária de desenvolvimento econômico, Patrícia Ellen.
A mudança só não será temporária para Presidente Prudente. Por conta do avanço nos casos e da falta de leitos de UTI, a região passa a ficar, até a próxima reclassificação, na fase vermelha, a mais restritiva do plano de flexibilização econômica.
“A primeira coisa é reclassificar a região de Presidente Prudente para a fase vermelha. Nós tivemos aqui um compromisso com vocês de que se em qualquer momento uma região passasse para fase vermelha, nós faríamos uma reclassificação extraordinária e isso aconteceu de ontem para hoje, porque Presidente Prudente alcançou 83% de ocupação de leitos e, por isso, está passando para a fase vermelha”, afirmou Patrícia Ellen.
O governo também anunciou que em janeiro nenhuma região vai para fase verde, a menos restritiva, e que a reclassificação do estado, que estava marcada para o próximo dia 4, foi adiada para o dia 7 de janeiro.
“Em janeiro, nenhuma região irá para fase verde. Isso foi uma recomendação do Centro de Contingência. É muito importante nós entendermos o momento que estamos vivendo”, completou a secretária.
As mudanças foram divulgadas pelos integrantes do Centro de Contingência da Covid-19, na sede do Instituto Butantan, na tarde desta terça-feira (22).
Nas últimas quatro semanas, São Paulo registrou aumento de 34% no número de mortes provocadas pelo coronavírus, segundo dados do governo estadual.
Atualmente, todas as regiões de São Paulo estão na fase amarela do chamado Plano São Paulo, que permite a abertura de bares, restaurantes e comércio, embora com restrições de horário.
Nas últimas semanas o estado vive uma nova piora da pandemia, com aumento de internações, novos casos e novas mortes por coronavírus.
Até esta terça, o estado de São Paulo contabilizou 45.395 mortes e 1,39 milhão de casos confirmados de Covid-19 desde o início da pandemia.
A média móvel diária de mortes, que leva em consideração os registros dos últimos 7 dias, é de 155 mortes diárias no estado.
O valor é 9% maior do que o registrado há 14 dias, o que para especialistas indica tendência de estabilidade. A média móvel de mortes voltou a ficar acima de 150 na sexta-feira (18), o que não acontecia desde outubro.
Já a média móvel diária de casos está em 7.290 novos casos por dia nesta segunda. O valor é 10% maior do que o registrado há 14 dias, o que também indica tendência de estabilidade.
A taxa de ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) no estado está aumentando progressivamente e voltou a ficar acima de 60% na última terça-feira (15), o que não acontecia desde 5 de agosto. Na última semana, algumas cidades da Grande São Paulo chegaram a registrar taxas acima de 80%.
No dia 11 de dezembro, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou que vai garantir a abertura de 2 mil novos leitos do Sistema Único de Saúde (SUS) destinados para pacientes da Covid-19.
Fonte: Portal G1
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