
Delícia global, o chocolate tem raízes sagradas e benefícios que vão além do sabor

Hoje, 7 de julho, é o Dia Mundial do Chocolate — uma data que aquece os corações (e as redes sociais) dos chocólatras de plantão. Muito além de ser uma das guloseimas mais amadas do mundo, o chocolate tem uma trajetória histórica impressionante e, quando consumido com moderação, pode até trazer benefícios à saúde.
A origem do chocolate remonta às civilizações pré-colombianas. Os primeiros registros do cultivo do cacau vêm dos olmecas, por volta de 1500 a.C., no atual território do México. Maias e astecas deram sequência ao uso da fruta, transformando o cacau em um símbolo sagrado. Os maias o consideravam um presente dos deuses e preparavam uma bebida amarga chamada “xocolatl”, feita com grãos moídos misturados a água, pimenta e especiarias. Já os astecas usavam o cacau como moeda e o reservavam à elite e aos guerreiros.
O cacau só chegou à Europa no século 16, levado por Hernán Cortés após expedições às Américas. Por lá, a bebida foi adoçada com açúcar e leite, tornando-se um artigo de luxo entre as cortes espanholas, francesas e italianas. Acredita-se que tenha sido em 7 de julho de 1550 que o chocolate começou a ser comercializado oficialmente no continente, o que inspirou a escolha da data comemorativa.
Com o avanço da Revolução Industrial, o chocolate deixou de ser exclusivo da aristocracia e passou a ser fabricado em larga escala. Empresas como Lindt, Nestlé, Hershey’s e Cadbury criaram as primeiras barras, bombons e variações como o chocolate ao leite e o chocolate branco.
No Brasil, o cacau chegou por volta de 1746, como um presente ao fazendeiro baiano Antônio Dias Ribeiro. Com solo e clima favoráveis, a Bahia tornou-se um dos polos da produção nacional. Hoje, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Amendoim e Balas (Abicab), a produção de chocolate no país ultrapassa 500 mil toneladas por ano.
Chocolate e saúde: prazer com responsabilidade

Apesar de muitas vezes associado a dietas pouco saudáveis, o chocolate — especialmente na versão amarga, com alto teor de cacau — oferece diversos benefícios. Rico em flavonoides, ele tem propriedades antioxidantes que ajudam a combater o envelhecimento precoce e proteger o coração.
Veja alguns dos efeitos positivos do consumo moderado:
- Melhora do humor: estimula a liberação de serotonina e endorfinas.
- Redução da pressão arterial: graças aos efeitos vasodilatadores do cacau.
- Estímulo cognitivo: alguns compostos aumentam o fluxo sanguíneo no cérebro.
- Proteção à pele: antioxidantes ajudam na defesa contra os raios UV.
Mas vale lembrar: nem todo chocolate é saudável. Chocolates ao leite, recheados ou com muito açúcar devem ser consumidos com moderação. A recomendação é optar por versões com no mínimo 70% de cacau e limitar o consumo a cerca de 30 gramas por dia.
5 formas gostosas (e equilibradas) de curtir o chocolate
- Chocolate 70% em barra: puro, intenso e cheio de antioxidantes.
- Chocolate quente amargo: ótima pedida para dias frios, com adoçantes naturais.
- Morangos com chocolate amargo derretido: sobremesa leve e sofisticada.
- Granola com nibs de cacau: crocância saudável no café da manhã.
- Brownie fit com cacau em pó: dá pra ser gostoso e nutritivo.
Neste Dia Mundial do Chocolate, vale saborear essa delícia com consciência, lembrando de sua rica trajetória — dos rituais sagrados maias até as vitrines das confeitarias modernas.
Compartilhe esta notícia