Curso de Direito da ITE Botucatu fará Júri Popular de Ana Rosa nesta terça, 16

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Curso de Direito da ITE Botucatu fará Júri Popular de Ana Rosa nesta terça, 16 15 outubro 2018

 

Túmulo de Ana Rosa no Cemitério Portal das Cruzes virou ponto turístico em Botucatu

Anna Rosa é uma das figuras mais emblemáticas de Botucatu, embora não seja filha da terra. Ela morreu em 1885 no bairro do Lavapés e sua história a fez virar uma figura quase santificada, sendo que inúmeros milagres foram atribuídos à jovem.

Anna Rosa foi assassinada após uma emboscada planejada por seu marido o truculento, apelidado de Chicuta. O crime contou com a participação de dois homens, contratados pelo criminoso para colocar fim na vida da esposa que tinha fugido de sua violência.

E o crime agora terá um Júri Popular, embora que simbólico. A Instituição Toledo de Ensino – ITE Botucatu, através de seu curso de Direito fará no dia 16 de outubro, uma terça-feira, um júri popular para julgar o histórico caso.

O evento será aberto ao público, a partir das 19 horas, no Auditório da ITE Botucatu. Na oportunidade os alunos do 4º ano A enfrentarão os alunos da 4º turma B, entre acusação e defesa. O Dr. Marcus Bachiega, atualmente juiz da 1ª Vara Cível e ex- titular da Vara do Júri, presidirá a atividade.

A história de Ana Rosa

Ana Rosa era casada com Francisco de Carvalho Bastos, conhecido pelo apelido de Chicuta, homem que transportava gado e tinha um ciúme doentio pela esposa. Ele cometia atos de violência moral e física, transformando a vida da mulher em um martírio.

Cansada de sofrer, ela resolveu fugir de casa, em Avaré, e a cavalo, tomou o rumo de Botucatu. Aqui chegando, pediu abrigo na casa de Fortunata Jesuína de Melo, proprietária de um cabaré.

Chicuta, louco por vingança, seguiu o rastro da esposa e em Botucatu contratou dois homens para matá-la. José Antônio da Silva Costa, o Costinha, e Hermenegildo Vieira do Prado, o Minigirdo.

Costinha se fez passar por um bom homem e ofereceu cobertura para Ana Rosa deixar o marido. Mal sabia ela que caminhava para uma cilada mortal. Quando Ana Rosa chegou com Costinha nas proximidades do Rio Lavapés, avistou seu marido e se deu conta da emboscada armada contra ela. A moça pediu a todos os santos para que não a matassem e mesmo assim os assassinos, sem piedade, consumaram o crime, esquartejando-a. Ana Rosa morreu no dia 21 de junho de 1885, com 20 anos de idade. Era nascida no município de Avaré.

Os criminosos foram presos e condenados. Costinha, após cumprir pena, saiu e morreu esmagado quando cortava uma árvore. Minigirdo morreu na prisão, vítima de varíola. Chicuta, em uma tarde de sexta feira, ia voltando da cidade para a fazenda quando sua carroça puxada por bois parou, de forma misteriosa.

Nervoso, batia nos animais, mas o carro não saía do lugar. Ao se deitar no chão para verificar as rodas do carro, os bois seguiram e as rodas separaram sua cabeça do corpo. Para muito foi a vingança de Ana Rosa. A história de Ana Rosa é relatada na música “Ana Rosa” de Carreirinho e gravada em 1957 pela dupla Tião Carreiro e Pardinho. Ouça a música:

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