Criança fica ferida ao ser surpreendida por ‘caravela-portuguesa’ em praia de SP

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Criança fica ferida ao ser surpreendida por ‘caravela-portuguesa’ em praia de SP 26 dezembro 2019

Uma menina de 11 anos ficou ferida ao ser surpreendida por uma caravela-portuguesa enquanto estava no mar em uma praia de Mongaguá, no litoral de São Paulo. A estudante Julyellen Gloria De Melo estava brincando com uma amiga quando sentiu a ardência na perna. Ela ficou com a marca da queimadura e precisou passar por atendimento médico.

Segundo a garota, por volta das 11h, ela estava uma amiga na praia, na altura da Vila Atlântica, e foi surpreendida pelo animal. “Nesse momento ficou um ferimento inchado e muito dolorido. Precisei ir ao médico para tomar medicação e aliviar a dor”, conta.

Julyellen relata que foi atingida na perna direita, perto do tornozelo. “O pior de tudo é que queima e arde muito. Ouvi outras duas pessoas falando que também foram queimadas quase na mesma hora que eu. Isso nunca tinha acontecido comigo”, diz.

Minutos depois, a estudante conseguiu fotografar a caravela-portuguesa que a atingiu e registrou uma foto. De acordo com ela, as dores ainda não intensas, mas o médico afirmou que o processo de cicatrização demora alguns dias.

Recentemente, centenas de caravelas-portuguesas apareceram nas praias de Cananeia e Ilha Comprida (SP) e assustaram moradores e turistas. O biólogo Éric Comin esclareceu, em entrevista ao G1, que o surgimento desse animal nessa época do ano é comum e ocorre por conta da correnteza marítima, um fenômeno de massa de água chamado Água Central do Atlântico Sul (ACAS).

“Essa água é rica em nutriente e vem para cá agora no período de primavera e verão. Uma água bem mais fria e tem a presença muito grande de cnidários, como esse animal”. Ele enfatizou que a época de reprodução é no outono e não na primavera. Segundo ele, a reprodução é rápida, já que esses animais colocam as larvas e seu crescimento também é bem rápido.

Cuidados

Esse animal oferece grande risco para os turistas, pois pode causar queimaduras de terceiro grau, devido aos seus tentáculos, que soltam um substância extremamente urticante. “Um risco muito grande está diretamente relacionado a um animal desse bater na região torácica, principalmente de crianças, onde pode ocorrer uma parada cardiorrespiratória”, afirmou Éric.

Ele explica que se alguém for queimado por uma caravela, não deve tocar no local afetado, porque essa toxina se espalha para onde a pessoa levar a mão. Outro ponto que ele destaca é que se possível, é necessário aplicar vinagre na região e evitar jogar água ou esfregar a mão com areia, além de procurar um centro médico para tratar o ferimento.

Fonte: Portal G1

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