
Casos já superam o total de todo o ano passado; notas de R$ 100 e R$ 200 são as mais falsificadas, segundo a Polícia Federal.

A circulação de cédulas falsas tem acendido o sinal de alerta entre comerciantes de Botucatu e região. Só nos primeiros cinco meses de 2025, já foram registradas cinco ocorrências envolvendo dinheiro falsificado na área de atuação da Polícia Federal em Bauru — que abrange Botucatu. Em todo o ano de 2024, foram seis registros.
O episódio mais recente aconteceu no dia 22 de maio, quando um homem foi preso ao receber R$ 500 em notas falsas pelos Correios. Apesar do avanço dos pagamentos digitais, como Pix e cartões, o uso de dinheiro vivo ainda é comum no comércio local — o que aumenta o risco de prejuízos.
Em cidades próximas, como Jaú, comerciantes também relatam preocupação. Lá, a Associação Comercial tem alertado para o aumento de golpes com cédulas de R$ 100 e R$ 200, que vêm sendo cada vez mais sofisticadas. Em um dos casos, uma sorveteria foi enganada mesmo após o teste com caneta detectora, que não identificou a nota falsa.
“Essas notas estão cada vez mais bem feitas. O ideal é que o lojista conheça vários elementos de segurança e, em caso de dúvida, recuse o pagamento”, orienta o delegado da Polícia Federal de Bauru, Marcel Fernandes Barbara.
Como identificar uma nota verdadeira
A recomendação dos especialistas é que o público observe mais de um item de segurança nas cédulas. Veja os principais sinais de autenticidade:
- Faixa holográfica com o valor e a palavra “reais” alternando conforme o movimento;
- Imagem do animal com cores vivas;
- Fio escuro com a inscrição “R$100” ou “R$200”, visível contra a luz;
- Relevo tátil em determinadas áreas da nota;
- Elementos gráficos alinhados entre frente e verso, também visíveis ao colocar contra a luz.
Em caso de suspeita, a recomendação é não tentar repassar a nota e procurar uma agência bancária ou a polícia. Falsificar ou colocar em circulação dinheiro falso é crime grave, com pena de até 12 anos de prisão. Já quem tenta passar adiante uma cédula falsificada, mesmo após perceber o golpe, também comete crime — sujeito a até dois anos de detenção e multa.
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