Com novo corte da Selic, poupança passa a render 0,12% ao mês e deve perder da inflação

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Com novo corte da Selic, poupança passa a render 0,12% ao mês e deve perder da inflação 06 agosto 2020

Com novo corte da Selic, poupança passa a render 0,12% ao mês e deve perder da inflação

Num prazo de 12 meses, rendimento da poupança será de apenas 1,4%, segundo dados Associação Nacional dos Executivos de Finanças Administração e Contabilidade.

O novo corte da taxa básica de juros (Selic) reduziu ainda mais a rentabilidade da poupança. A aplicação vai render apenas 0,12% ao mês e 1,4% ao ano, segundo cálculos da Associação Nacional dos Executivos de Finanças Administração e Contabilidade (Anefac).

Na quarta-feira (5), o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) reduziu a taxa básica de juros da economia brasileira de 2,25% para 2%. Esse foi o nono corte seguido na Selic.

Segundo a regra em vigor desde 2012, quando a Selic está abaixo de 8,5% a correção anual da caderneta de poupança é limitada a um percentual equivalente a 70% dos juros básicos mais a Taxa Referencial (TR, que está em zero desde 2017). Já os depósitos feitos até abril de 2012, na chamada “poupança velha”, continuam rendendo 6,17% ao ano (0,50% ao mês).
Como fica um rendimento de R$ 10 mil na poupança num prazo de 12 meses, segundo a Anefac:

  • Na poupança nova, o rendimento será de R$ 140 (R$ 10.140);
  • Na poupança velha, o rendimento será de R$ 617 (R$ 10.617).

Nesse cenário, a nova poupança deve render menos do que a inflação. No último relatório Focus, do Banco Central, os analistas consultados estimaram que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) avance 2,97% nos próximos 12 meses.

Embora a poupança tenha perdido rentabilidade com o novo corte da taxa básica de juros, ela ainda é mais vantajosa do que os fundos de renda fixa, segundo a Anefac.

“As cadernetas de poupanças, mesmo com a redução da taxa básica de juros (Selic), vão continuar se destacando frente aos fundos de renda fixa pelo fato que não pagam Imposto de Renda nem taxas de administração”, apontou a Anefac em comunicado.
Desempenho recorde
Em junho, o Banco Central informou que os depósitos de recursos da caderneta de poupança superaram os saques em R$ 20,533 bilhões.

Foi o melhor resultado para meses de junho desde o início da série histórica do Banco Central, em 1995. Também foi o quarto mês de ingresso líquido (mais depósitos que retiradas) de recursos na poupança geral em 2020.

A poupança tem apresentado bons resultados em função do pagamento do Auxílio Emergencial adotado pelo governo para mitigar os efeitos da pandemia de coronavírus.

Fonte: G1

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