Botucatu teve 476 furtos de energia este ano, diz CPFL

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Botucatu teve 476 furtos de energia este ano, diz CPFL 07 dezembro 2024

Botucatu ficou atrás apenas de Bauru e Jaú nos famosos ‘gatos de energia’

Balanço divulgado nesta sexta-feira (06) mostra que Botucatu teve 476 casos de furto de energia. Os dados são da CPFL Energia.

Botucatu ocupa a terceira posição nesse indigesto ranking, perdendo apenas para Bauru e Jaú. Em ações de combate a fraudes e furtos entre janeiro e outubro deste ano, a empresa recuperou cerca de 5.679 Megawatts (MWh) desviados ilegalmente em toda a região.

No total, foram regularizadas nesse período 4.788 instalações na região. A cidade com o maior número de casos no período foi Bauru, com 1.185 unidades. Em segundo está Jaú, com 656 regularizações, e Botucatu vem em terceiro, com 476.

A concessionária realiza as operações de forma permanente, com uso de tecnologia e apoio das autoridades policiais, para coibir as ligações clandestinas (os populares “gatos”), os desvios e as manipulações de medidores – atos previstos como crime no Código Penal, com pena de um a quatro anos de detenção. 

 As ações conjuntas com as polícias Civil e Militar têm sido intensificadas e, com elas, as conduções dos identificados como suspeitos pelos crimes às delegacias. A CPFL também registra boletim de ocorrência contra o cliente apontado como responsável pelo furto de energia, que passa então a ser investigado e ter um histórico criminal. 

 “Além disso, a empresa tem aumentado a judicialização dos processos de fraude, cobrando que o cliente pague o retroativo da dívida pelo período em que furtou energia. Isso gera uma marca negativa em seu histórico financeiro”, alerta Gustavo Uemura, diretor comercial da CPFL Energia.

 Prejuízos à população

 Vale destacar que essas práticas ilegais prejudicam a população: além de comprometer a integridade do sistema elétrico, podendo ocasionar instabilidades e interrupções, geram risco à segurança, pois a manipulação indevida das instalações ou a ligação direta na rede de distribuição podem causar acidentes graves, até mesmo fatais.   

Além disso, as fraudes e furtos podem encarecer a conta de energia para todos. A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) distribui parte dos prejuízos causados pelas “perdas comerciais”, como são denominadas, para a tarifa da distribuidora detentora da concessão da área, no momento das revisões tarifárias.   

Confira os números de irregularidades da região de Bauru:

CIDADE2024 (Até outubro)
BAURU  1.185 
JAÚ 656 
BOTUCATU  476 
LENÇÓIS PAULISTA  312 
MARÍLIA  284 
LINS  141 
BARRA BONITA  135 
PROMISSÃO  120 
DOIS CÓRREGOS  117 
GARÇA  102 
AGUDOS  101 
GUARÁ  80 
SÃO MANUEL  77 
PIRAJUÍ 75 
BOCAINA  71 
BARIRI  71 
MINEIROS DO TIETÊ 69 
IGARAÇU DO TIETÊ 69 
PEDERNEIRAS  52 
GUAIÇARA  49 
CAFELÂNDIA  35 
PIRATININGA  32 
JÚLIO MESQUITA  31 
GUARANTA  29 
IACANGA  28 
ITAPUÍ 27 
GETULINA  27 
AREALVA  27 
MACATUBA  26 
BOFETE  23 
ITATINGA  22 
PARDINHO  20 
PRESIDENTE ALVES  17 
PRATÂNIA  15 
GUAIMBÉ 15 
DUARTINA  15 
GÁLIA  14 
SABINO  12 
POMPEIA  12 
AREIÓPOLIS  12 
REGINÓPOLIS  11 
PONGAÍ 
ITAJU  
OCAUÇU  
LUCIANÓPOLIS  
HERCULÂNDIA  
CABRÁLIA PAULISTA  
ALVINLÂNDIA  
CAMPOS NOVOS PAULISTA  
VERA CRUZ  
BOREBI  
BALBINOS  
AVAÍ 
URU  
BORACÉIA  
LUPÉRCIO  
ÁLVARO DE CARVALHO  
PAULISTÂNIA  
QUINTANA  
FERNÃO  
QUEIROZ  
ORIENTE  
4.788

 Tecnologia

 Segundo o diretor comercial da CPFL Energia, o volume expressivo de energia recuperada é resultado de inspeções mais assertivas, impulsionadas pela aplicação de inteligência artificial, que permite o acompanhamento e a detecção remota de irregularidades. “A tecnologia possibilita a redução da reincidência e a diminuição do número de inspeções necessárias”, explica. 

 Uemura cita a blindagem de medições, inclusive nos grandes clientes, como indústrias e comércios, como outra ferramenta importante no combate às fraudes. “Os medidores blindados são acessíveis apenas aos técnicos da empresa e proporcionam acompanhamento do consumo em tempo real, permitindo que a leitura e faturamento sejam realizados à distância. Só em 2024, até outubro, blindamos cerca de 39 mil estabelecimentos das quatro distribuidoras da CPFL Energia”, conta o diretor. 

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