Botucatu terá vacinação em massa contra a Dengue em novo estudo clínico

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Botucatu terá vacinação em massa contra a Dengue em novo estudo clínico 09 dezembro 2025

Informação foi dada pelo Ministro da Saúde Alexandre Padilha, durante entrevista à Rádio Prever FM (100.9). Ação poderá ser nos mesmos moldes da Vacinação em Massa da Covid, ocorrida em 2021 no município.

Botucatu será palco de um novo estudo clínico relacionado à vacinação contra a dengue, que fará parte da estratégia nacional anunciada pelo Governo Federal. A informação foi confirmada pelo Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, durante entrevista à rádio Prever FM (100.9) na manhã desta terça-feira (09).

A ação deverá envolver o Ministério da Saúde, a Unesp, o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu (HCFMB), o Instituto Butantan e demais instituições parceiras. Segundo o ministro, a experiência de Botucatu em imunização em larga escala foi determinante para que o município fosse escolhido como sede do projeto.

Na experiência do município de Botucatu, por conta da liderança da Unesp. A proposta o ministério já discutiu com o Butantan, para que a gente possa avaliar os impactos afetados da vacinação da Dengue, a partir de alguns projetos que chegassem a 40% da população vacinada. Por conta da experiência, Botucatu é o primeiro município que nós elegemos para poder organizar planos de prevenção. Botucatu, por conta da experiência e por ser um município que tem circulação do Dengue tipo 3, disse Padilha em parte de sua entrevista ao Primeiro Jornal da Prever FM (100.9).

Padilha estará na cidade ao longo desta terça-feira para apresentar o plano nacional, que será viabilizado com a produção do imunizante contra a dengue pelo Instituto Butantan. O anúncio oficial ocorrerá no HCFMB, referência regional no atendimento pelo SUS.

O novo estudo clínico deverá seguir modelo semelhante ao conduzido em 2021, durante a pandemia de Covid-19, quando Botucatu sediou uma testagem populacional em massa. Na ocasião, o projeto envolveu o laboratório AstraZeneca, a Universidade de Oxford e a Fiocruz, em parceria com a Prefeitura, o Ministério da Saúde, o Governo Federal, a Unesp, o HCFMB e a Fundação Gates.

 A vacinação começará pelos adultos mais velhos, com 59 anos, com expansão gradual para as demais faixas etárias até chegar ao público de 15 anos de idade. A maior escala de produção será viabilizada pela empresa chinesa WuXi Vaccines, por meio de parceria que fortalece a política nacional de inovação em imunobiológicos, que fechou transferência de tecnologia e desenvolvimento com o Instituto Butantan, que detém a inovação.

O público prioritário foi definido com base em critérios técnicos e perfil epidemiológico do país após discussão conjunta com especialistas da CTAI, que se reuniu na última segunda-feira (1/12).

De acordo com Padilha, o Ministério da Saúde já discutiu a proposta com o Instituto Butantan. A intenção é avaliar o impacto da vacinação contra a dengue em larga escala, considerando cenários que atinjam aproximadamente 40% da população vacinada. Botucatu foi escolhida por sua experiência comprovada nesse tipo de operação e também por registrar circulação do sorotipo 3 da dengue.

“A vacinação já começa com a produção do Butantan, que vai disponibilizar volume suficiente para iniciarmos a imunização dos profissionais da atenção primária em todo o país. Estamos falando de agentes comunitários de saúde, agentes de endemias, enfermeiros, técnicos de enfermagem e médicos que atuam nas unidades básicas e visitam diariamente as famílias em seus domicílios. A atenção primária é a porta de entrada para os casos de dengue, por isso é fundamental proteger o mais rápido possível esses profissionais”, afirmou Padilha.

Agenda

Durante a agenda oficial, o ministro visitará ainda o Ambulatório de Especialidades II e o Hemocentro do HCFMB, estruturas recentemente inauguradas com recursos do Ministério da Saúde. As unidades ampliam a capacidade assistencial e integram o programa “Agora Tem Especialistas”, que busca reduzir o tempo de espera por consultas, exames e cirurgias de média e alta complexidade.

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