Botucatu tem 16 pesquisadores da Unesp entre os mais influentes do mundo

Geral 26 outubro 2023

Ranking produzido por pesquisadores da Universidade de Stanford (EUA) usa dados da base de dados Scopus e classifica pesquisadores com indicadores de citação padronizados para 22 áreas científicas

Mário Henrique Viana, Marcos do Amaral Jorge, do Jornal da Unesp

O quadro de docentes/pesquisadores da Unesp classificados entre os 2% mais influentes do Globo aumentou no último ano segundo o “Updated science-wide author databases of standardized citation indicators“, artigo (DOI:10.17632/btchxktzyw.6) do pesquisador John P.A. Ioannidis, da Universidade Stanford, dos Estados Unidos, publicado no início de outubro. Em sua quinta edição, o ranking global de pesquisadores é divulgado anualmente com duas categorias: o mais influente no ano e o mais influente ao longo da carreira.

Nesta edição, 67 pesquisadores da Unesp figuram no ranking de mais influentes em 2022, e 41 no ranking de 2% mais influentes ao longo da carreira. Na edição anterior, publicada em novembro de 2022, foram ranqueados 60 profissionais da Unesp nos mais influentes de 2021 e 38 no ranking que considera o período ao longo da carreira. São dez áreas do conhecimento da Unesp representadas neste ranking, sendo as ciências médicas, agrárias e veterinárias, tecnologias assistivas, química e biologia as com mais representantes. 

“Este ranking reflete a pesquisa de excelência que marca desde a graduação, passando pela a pós-graduação até o pós-doutorado da Unesp como um todo. Não é por acaso que temos 2,2% de nossos docentes entre os 2% mais influentes do mundo, mas fruto da competência de nossos profissionais, somada a um ambiente propício à pesquisa, que perpassa por todas as instâncias da Universidade”, afirma o professor Edson Cocchieri Botelho, pró-reitor de Pesquisa.

A lista registra um total de 1.294 pesquisadores brasileiros. O país com mais representantes são os Estados Unidos, com 69.258 pesquisadores. A China, com 23.484, e o Reino Unido, com 16.797 são os segundo e terceiro colocados do ranking, respectivamente.

A metodologia do professor Ioannidis fornece informações padronizadas sobre citações, índice h, índice hm ajustado de coautoria, citações de artigos em diferentes posições de autoria e um indicador composto (c-score). São fornecidas métricas com e sem autocitações e proporção de citações por artigos citados. Os cientistas são classificados em 22 áreas científicas e 174 subáreas de acordo com a classificação padrão Science-Metrix.

Percentis específicos de área e subárea também são fornecidos para todos os cientistas com pelo menos cinco artigos. Os dados ao longo da carreira são atualizados até o final de 2022 e os dados do ano recente referem-se às citações recebidas durante 2022.

A seleção é baseada nos 100 mil melhores cientistas por pontuação c (com e sem autocitações) ou um percentil de classificação de 2% ou superior na subárea.

Cabe mencionar que a base de dados usada pelo ranking contempla apenas artigos no idioma inglês, o que pode prejudicar algumas áreas cujas pesquisas abordam questões locais ou regionais. Da mesma forma, há que se considerar que nas Ciências Humanas, a comunicação científica em algumas áreas também se dá por meio de publicação de livros ou capítulos, meios que não estão contemplados no levantamento. O autor principal do artigo, John P.A. Ioannidis, alerta para o fato de que todas as métricas de citação têm limitações e que a sua utilização deve ser moderada e criteriosa. O autor indica a leitura do Manifesto Leiden, em que são sugeridos dez princípios para avaliar o desempenho da pesquisa. 

Veja os pesquisadores da Unesp mais influentes em 2022:

Os mais influentes ao longo da carreira: