
Raphael de Moura Campos foi Delegado, Presidente da Câmara e atuou intensamente por Botucatu na transição entre Império e República. Foi responsável por grandes conquistas em nossa história.

Raphael Augusto de Moura Campos está na lista dos homens mais célebres dos 170 anos do município de Botucatu. Ele é nome de praça, escola, entre outras homenagens, mas sua constribuição para Botucatu é maior do que isso.
Moura Campos nasceu em Tietê em 29 de outubro de 1841. Era filho de João de Moura Campos e Ana Cândida de Souza. Casou-se com Ana Joaquina de Arruda no dia 14 de julho de 1863.
Sua história em Botucatu começou em 1887, quando chegou no jovem município em cima da serra. Viveu aqui até o fim de seus dias, no ano de 1918.
Em Tietê ocupou vários cargos públicos, sendo Vereador, suplente de Delegado de Polícia e Juiz de Paz. Em 1880, acompanhando a marcha para o oeste, mudou-se para Botucatu, onde se tornou grande fazendeiro.
Em sua juventude foi atuante no Partido Liberal, mas aqui aderiu ao Partido Republicano botucatuense, formado por Raphael Ferraz de Sampaio, Bernardo Rodrigues da Silva, Amando de Barros e outros.
Sua vida em Botucatu e sua importância para o desenvolvimento do município

Em Botucatu se tornou fazendeiro e empreendeu muitos esforços para o progresso e desenvolvimento do município.
Com característica de um grande líder, tinha um imenso prestígio político no município. Aliás, foi intenso na política local, justamente em um momento conturbado do país, na transição entre Império e República.
Moura Campos foi várias vezes Presidente da Câmara Municipal e do Diretório Político do Partido Republicano, que serviu até morrer. Em Botucatu foi Vereador em várias legislaturas, 1902 a 1913.
Foi Delegado de Polícia em 1889 em Botucatu. Teve atuação decisiva na manutenção da ordem pública, que era ameaçada por agitações políticas.
Suas conquistas para nossa história

O líder também foi muito importante nas áreas da saúde, e educação e social de Botucatu. Foi fundador do Clube 24 de Maio e sócio-fundador da Misericórdia Botucatuense.
Ajudou a criar a Escola Normal de Botucatu (atual EECA). Nessa época o Coronel Moura empenhou todos os seus esforços junto aos homens do governo de São Paulo, que eram seus amigos.
Entre os anos de 1910 e 1911, integrou a Comissão encarregada dos trabalhos de criação da Diocese de Botucatu. Também foi decisivo para a instalação do Seminário Diocesano.
Moura Campos foi homenageado em Botucatu em dois locais muito conhecidos da cidade. A escola Raphael de Moura Campos e a Praça do Paratodos, que na verdade é Praça Coronel Moura.
A história conta que Raphael Augusto de Moura Campos era um homem tenaz, justo, caridoso e que muito contribuiu para o progresso de Botucatu. É, sem dúvida, um dos personagens mais importante nos 170 anos do município.

