Autoridades se reúnem para debater alienação parental

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Autoridades se reúnem para debater alienação parental 28 abril 2011

A Sala de Teleconferências da Secretaria Municipal de Educação foi palco das solenidades de abertura oficial da ‘Campanha Permanente de Conscientização e Prevenção ? Alienação Parental, realizada na noite desta quarta-feira (27). A Lei que inclui a ‘Semana de Conscientização e Prevenção ? Alienação Parental’ no calendário do Município será sancionada, oportunamente, pelo prefeito Cury Neto. O Projeto de Lei é de autoria do vereador Fontão.

“É fundamental que a sociedade, como um todo, se envolva em questões desse tipo, sobretudo porque a alienação parental incide diretamente em crianças e adolescentes. Não podemos esquecer que esses pequenos cidadãos ainda estão em formação e não podem ser expostos a situações como essas”, explica Fontão. “Esses jovens também não podem ser explorados como instrumento de vingança”, emenda.

Representantes dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, da Diretoria Regional de Ensino de Botucatu; do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA); da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) – Subsecção de Botucatu; Secretarias Municipais de Assistência Social, de Educação e de Saúde, além de outros setores da sociedade, marcaram presença e são parceiros do projeto.

O evento contou, ainda, com a participação e o apoio das palestrantes Dra. Kátia Boulos, vice-presidente da Comissão de Direito de Família da OAB/SP e da psicóloga Leonice G. Martins, membro do Grupo Alerta Alienação Parental (GAAP/Campinas) e representante da Associação de Pais e Mães Separados (APASE), na cidade de Campinas-SP.

A campanha e o evento de lançamento foram idealizados pela advogada Cilea Santos Lima e promovidos pela Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB – Subseção de Botucatu). De acordo com a idealizadora, a iniciativa teve por objetivo ampliar o conhecimento e a discussão sobre o assunto na Cidade, por meio de atividades específicas de educação contínua no âmbito das entidades parceiras.

Segundo ela, a alienação parental geralmente se refere ? situação em que a mãe ou o pai de uma criança a treina, de modo consciente ou não, para romper os laços afetivos com o outro genitor. Segundo a advogada, frequentemente, a Síndrome da Alienação Parental está associada a situações em que o rompimento da vida conjugal gera uma inclinação vingativa em um dos genitores.

“Ou seja, quando um dos genitores não consegue lidar adequadamente com o fim da relação e acaba por provocar um processo de destruição, desmoralização e descrédito do outro genitor. Neste processo, o filho seria utilizado como instrumento de vingança direcionada ao ex-cônjuge – mas que pode envolver, também, qualquer outro membro da estrutura família”, explica a advogada lembrando que 80% dos filhos de pais divorciados já sofreram algum tipo de alienação parental, e que mais de 20 milhões de crianças sofram este tipo de violência.

Fotos: André Lourenço

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