
Documento veta práticas consideradas abusivas durante missas e reforça normas sobre exorcismos. Fato ocorreu após suposto caso de exorcismo e agressão em São Manuel

A Arquidiocese de Botucatu (SP) enviou uma carta interna a padres e diáconos com recomendações e restrições sobre a condução de missas e ritos religiosos. O fato foi divulgado pela TV TEM, que teve acesso ao Documento.
O Acontece Botucatu também recebeu de uma fonte a carta, que apenas confirma dispositivos presentes no Código Canônico.
O documento foi divulgado internamente reforçando os preceitos após a repercussão do caso de uma idosa de 62 anos que denunciou ter sido agredida durante uma celebração em São Manuel (SP), em um suposto ritual de exorcismo.
Na carta, a Arquidiocese determina o fim de práticas consideradas abusivas, como a chamada “Missa de Cura e Libertação” ou “Missa das Graças”, além de ações como caminhar com o Santíssimo Sacramento entre os fiéis, colocar o ostensório sobre a cabeça das pessoas e interromper a Oração Eucarística para manifestações como orações em línguas, “repouso no espírito”, profecias ou gestos de exorcismo.
Tudo bem fundamentado no Código de Direito Canônico, ou seja, não é nenhuma novidade para nós sacerdotes e praticamente o bispo não proibiu, ele recordou que não é uma prática fundamentada nós princípios litúrgicos da Igreja, disse uma fonte ao Acontece.
O documento também reforça que nenhum sacerdote da Arquidiocese está autorizado a realizar exorcismos sem a permissão expressa do arcebispo. Segundo o texto, esses ritos devem ocorrer apenas em situações específicas, com discrição, sem transformar a liturgia em espetáculo.
O arcebispo destacou ainda que o objetivo da carta não é perseguir movimentos ou membros do clero, mas garantir a dignidade da missa e o bem espiritual da comunidade católica.
A medida surge após o episódio ocorrido em 3 de agosto, quando uma idosa denunciou ter sido ferida durante a novena de São Miguel Arcanjo, em São Manuel. Segundo o boletim de ocorrência, o padre teria se apresentado como exorcista e acabou lesionando a mulher.
O caso foi registrado pela Polícia Civil como lesão corporal leve, considerada infração de menor potencial ofensivo. Na ocasião, a Arquidiocese informou que não possui padres oficialmente designados como exorcistas, instaurou um procedimento interno de apuração e custeou as despesas médicas da vítima.
Fonte: TV Tem e Acontece Botucau
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