Murilo Oliveira, de 16 anos, soltava pipa perto de uma rede de alta tensão quando levou choque. Segundo a mãe, os médicos chegaram a dizer que, por causa da gravidade, ele poderia não andar mais e ter que amputar as mãos.
O jovem de 16 anos que recebeu uma descarga elétrica enquanto soltava pipa perto de uma rede de alta tensão, em Botucatu (SP), voltou a andar após dois meses do acidente. O momento dos primeiros passos do adolescente foi registrado pela mãe.
Ao g1, a autônoma Cristina Oliveira, de 37 anos, disse que acompanha diariamente a recuperação do filho na Unidade de Queimados do Hospital Estadual (HE) de Bauru (SP). Ela contou que o retorno da mobilidade do filho contraria o prognóstico inicial dado pelos médicos.
“Depois de dois meses ele começou a andar de novo com muita fisioterapia. Foi muito bom ver ele andando de novo, porque os médicos disseram que não seria possível ele voltar a andar e talvez tivesse até que amputar as mãos, mas graças a Deus ele está se recuperando bem”, comenta a mãe, ressaltando a gravidade do acidente.
Segundo o boletim de ocorrência, Murilo Oliveira soltava pipa perto de sua casa quando a linha encostou na rede de alta tensão próxima. O acidente ocorreu em julho deste ano, durante as férias escolares.
Representantes da Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL) estiveram no local, onde foi constatado que a linha usada pelo jovem continha metal na composição, o que conduziu a alta tensão para o corpo do menino. Segundo os técnicos, a rede elétrica não foi danificada.
O menino foi socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e encaminhado para o Hospital das Clínicas (HC) de Botucatu. Pouco depois, ele foi transferido para HE de Bauru.
De acordo com a mãe, as lembranças do filho sobre o acidente são escassas. No entanto, para ela, como mãe, a cena do filho no chão após ser atingido pela descarga elétrica e os momentos de tensão no hospital não saem de sua cabeça.
“Ele só lembra que estava soltando pipa e levou o choque, mais nada. Para mim, foi muito difícil ver ele caído no chão, todo queimado. Acompanhá-lo esses dias sem saber qual poderia ser seu destino é assustador”, revela.
Ao todo, já são 71 dias de Murilo internado na Unidade de Queimados do Hospital Estadual (HE) de Bauru. Ele passou por cirurgias de enxerto e, segundo a mãe, a recuperação avança diariamente, mas ainda sem previsão de alta. No entanto, a esperança continua movendo a família.
“Os médicos ainda não deram previsão de alta ainda. Mas fiquei muito feliz de ver ele andando de novo. Sei que ele gosta de andar de bicicleta e espero que possa ver ele brincando de novo”, diz.
Fonte: g1
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