Em época de campanha eleitoral talvez outras coisas sejam mais importantes para os vereadores do que discutir o futuro da cidade. Talvez por isso apenas dois, isso mesmo, dois vereadores participaram na manhã desta sexta-feira, 23, da audiência que discutiu na Câmara Municipal a LOA, Lei Orçamentaria Anual para o próximo ano.
A lei, elaborada pelo Poder Executivo, estabelece as despesas e as receitas que serão realizadas no próximo ano. Também se discutiu a distribuição do orçamento 2017.
Outro fator que chamou a atenção, foi que nem presidente (Ednei Carreira) e nem relator (Fernando Carmoni) da Comissão de Finanças, Orçamento e Contabilidade estiveram presentes. Além deles, se ausentaram os vereadores João Elias (Solidariedade), Rose Ielo (PDT), Curumim (PSDB), Fontão (PSDB), Reinaldinho (PR), Lelo Pagani (Rede) e Valmir Reis (PPS).
Ou seja, apenas dois parlamentares estavam em uma das audiências mais importantes do ano, que discutiu o futuro da cidade. Estiveram desempenhando o papel de fiscalizador os vereadores Izaias Colino (PSDB) e Carlos Trigo (PDT). Os nove restantes não cumpriram suas respectivas funções de fiscais do povo.
O secretário da Fazenda, Luiz Augusto Felippe, o Tutão, apresentou os números que foram debatidos com os parlamentares presentes. Como formalidade, Tutão usou o microfone, mas a cena era constrangedora com apenas dois nobres edis e alguns funcionários.
O orçamento de Botucatu para 2017 será de aproximadamente R$ 350 milhões, apresentando em relação ao ano de 2016 um pequeno crescimento de 2,16%. A turbulência econômica e a falta de repasse dos governos estadual e federal contribuíram para o baixo crescimento do orçamento.
“Foi uma audiência onde apresentamos os principais pontos da peça orçamentária 2017 que será encaminhada até o dia 30 próximo. Ela deverá ser votada até dezembro, onde foram mantidos os valores já enviados na LDO, aprovada em agosto na Câmara” disse Tutão ao Acontece Botucatu.
As maiores receitas serão das pastas da saúde, educação e encargos gerais do município, onde está o repasse para o fundo de previdência. Saúde e educação devem consumir em torno de 48% do orçamento municipal para 2017.
Compartilhe esta notícia