Estrutura servirá para aquelas pessoas que não possuem um local para recomeçar a vida.
A estrutura onde funcionava a Cadeia Pública de Botucatu, palco de momentos tristes em décadas passadas, se transformará em um local de esperança. Trata-se de um projeto de acolhimento para mulheres vítimas de violência doméstica.
A estrutura da antiga cadeia será dívida em blocos, quartos e espaços para abrigar mulheres vítimas de violência doméstica. Estrutura servirá para aquelas pessoas que não possuem um local para recomeçar a vida.
Trata-se de um projeto que envolve a Polícia Civil, Prefeitura de Botucatu e ONGs que atuam em defesa da mulher. O local contará com a atuação de profissionais preparados para atender mulheres e famílias vítimas de violência.
O projeto tem custo aproximado de R$ 1 milhão e será executado através de um convênio entre município e estado de SP. Esse convênio deverá passar pela Câmara Municipal, através de um projeto que irá tramitar no legislativo de Botucatu.
Em entrevista à rádio Criativa FM na manhã desta terça-feira (22), o Delegado Seccional de Polícia, Dr. Lourenço Talamonte explicou o projeto. Ele lembrou do passado desse local, mas que em breve se transformará em um espaço de esperança e recomeço para mulheres e filhos vítimas de violência.
“Esse espaço já registrou rebeliões, chegou a abrigar 300 presos ao mesmo tempo, foi um espaço de violência, mas agora estamos com esse projeto em parceria com a Prefeitura. Vamos revitalizar esse espaço, que tem uma estrutura muito boa e a ideia é transforma as celas em quartos para mulheres vítimas de violência doméstica, que não têm para onde ir. Um abrigo temporário, até que ela de restabeleça.
A Cadeia pública de Botucatu foi fechada em 2012. Palco de fugas em massa e rebeliões, o local foi símbolo de insegurança para a população de Botucatu por décadas. Desde então a estrutura está abandonada.
Projeto Fênix
Junto com esse espaço a Polícia Civil quer desenvolver o projeto Fênix. Trata-se de um conjunto de ações para apoiar a mulher vítima de violência e que ela tenha um recomeço.
Projeto semelhante já é desenvolvido em São Manuel em parceria com empresas e OAB. Nele há uma rede de apoio que busca proporcionar condições para as vítimas, como oportunidade de emprego e renda em empresas que compõe o projeto.
De acordo com Talamonte, trabalho semelhante será executado em Botucatu.
“Temos também o projeto Fênix, para que a mulher consiga emprego, por exemplo, enfim, é toda uma rede de apoio para essas mulheres vítima de violência. Estamos aproveitando o mês de agosto Lilás, com a preocupação de oferecer um atendimento humanizado para as mulheres e filhos. Que elas possam ressurgir em um novo recomeço na vida e a Polícia Civil quer oferecer esse espaço para acolher.
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