Alceu Valim: uma história que se mistura com a evolução do Bairro

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Alceu Valim: uma história que se mistura com a evolução do Bairro 14 maio 2017

 

Jogador de futebol, frequentador de quermesses, ferroviário, diretor de clube, presidente de Escola de Samba, cozinheiro, dono de bar, pai e avô. Essas atividades resumem um pouco a história de Alceu Valim, que há 66 anos mora na região que compreende o Bairro.

Seu Valim, como é conhecido, tem 69 anos, nasceu em Manduri -SP-, e se mudou para Botucatu aos três anos, quando seu pai veio para a cidade a trabalho, mais especificamente na Estação Sorocabana. “ Vim para cá e morei na Rua Jaguaribe, depois na José Barbosa de Barros e por fim na travessa da Fepasa, até meu pai falecer, quando eu tinha 13 anos”, contou Valim.

Ele estudou no Grupo Gomes Pinheiro, depois no Senac, local onde hoje é o Colégio Objetivo. Após terminar esse período escolar, entrou na antiga Estrada de Ferro Sorocabana, hoje Fepasa, trabalhando como ferroviário no setor de Comunicação, Eletricidade e Telecomunicações. E com 26 anos de tempo de serviço, se aposentou no ano de 1995.

Em 1976, Seu Valim se casou com Dona Cida, com quem tem três filhos: Gabriela, Gustavo e Guilherme e, hoje, tem dois netos: Letícia e Lucas, e o terceiro a caminho (Ana Luísa). “Naquela época o meu divertimento era jogar bola, ir na quermesse da igreja do Bairro e nos parques, onde hoje está o Supermercado Dia, e lá conheci a minha esposa, que morava na Vila Aparecida”, lembrou o ferroviário.

Alceu foi diretor da Associação Atlética Ferroviária (AAF) por 15 anos, e por 22 anos “toca” o bar do clube, totalizando quase 35 anos dedicados à Ferroviária. “Eu entrei nesse ramo por entrar, porque nunca tive bar, sempre trabalhei fora e viajava muito. Fui convidado para ser diretor na época, pelo Plínio Paganini, e surgiu a oportunidade de um primeiro carnaval dar problema com a pessoal responsável pelo estabelecimento, me convidaram e eu aceitei. Mais tarde, o bar foi oferecido para mim, entrei na concorrência e ganhei”, falou Valim.

Outra peculiaridade de Valim é cozinhar e tudo isso começou quando foi convidado para participar de um grupo de formação cristã chamado Mini TLC, em 1999. Assim, desenvolveu essa paixão e hoje também participa de eventos de igreja, de cursos de jovens católicos, como o Peregrinos de Amor, TLC, casamento para amigos e jantares dançantes. “Gosto muito de trabalhar com a meninada, de estar no meio deles, porque percebo que eles precisam de você, dos meus ensinamentos e isso é muito gratificante. Um evento marcante foi a primeira festa do milho com o Padre Orestes”, destacou o também cozinheiro.

Como citado acima, Valim sempre morou no Bairro e tem boas lembranças dessa região. “Aqui estavam os amigos que a gente tinha. Presenciei o início da escola de samba do Bairro: a Dragões da Vila. E depois fui presidente da escola de samba da Vila Aparecida: Acadêmicos da Vila Aparecida, que era a melhor bateria da cidade. Inimizade tenho pouca, agora amizade muitas”, relembrou Alceu.

Ao falar sobre a possibilidade de se mudar dessa região, Seu Valim é bem enfático. “Nunca pensei em sair da região. Eu vi isso crescer, fiz tudo aqui, joguei bola onde hoje é a rodoviária. Antes era um campo que chamava Afoga Sapo, um campinho bem gostoso e familiar. Tínhamos uma rivalidade com o time da rua de cima de onde eu morava, o time do Broquete. Nós vimos tudo mudar e ver a transformação do Bairro, tinha campo de futebol em tudo quanto é lugar para jogar. Hoje, infelizmente, não encontramos mais, por isso a molecada fica fazendo arte na rua”, recordou esse querido morador do Bairro.

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