Adolescentes da Fundação CASA mostram obra de Drummond

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Adolescentes da Fundação CASA mostram obra de Drummond 12 junho 2011

Acendem-se as luzes e levantam-se as cortinas. Na próxima segunda e terça-feira (dias 13 e 14 de junho) um grupo de oito adolescentes do Centro de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente (CASA) de Botucatu apresenta o espetáculo “O poeta de sete faces – vida e poesia de Drummond” para alunos de escolas públicas e particulares de Botucatu. A direção é assinada pelo professor Everton Oliveira.

A peça será encenada no Teatro Municipal Camillo Fernandez Dinucci, que fica na Praça Coronel Moura, 27 – região central da Cidade. A expectativa é receber em cada um dos dias estudantes de ao menos três instituições de ensino locais. São alunos do Ensino Médio, com idade a partir de 14 anos, além de professores acompanhantes, diretores e supervisores de ensino.

Os adolescentes, que cumprem medida socioeducativa de internação, ensaiam desde o final de 2010 e integram o grupo CASA Cênica, criado na unidade para estimular a criatividade e a identidade desses jovens, além de desenvolver habilidades em artes cênicas e resgatar sua autoestima.

O trabalho do grupo começou em 2009, com a encenação da peça “Comédias para se ler na escola”, de Luis Fernando Veríssimo. As aulas teórica e prática são semanais e procuram despertar o garoto para a linguagem teatral.

“Eles realmente se envolveram com o texto e todo o processo de criação”, conta a diretora da unidade da Fundação CASA, Juliana Rosa, lembrando que durante os ensaios técnicos, realizados nos dias 6 e 7 de junho, os jovens ficaram deslumbrados com a estrutura do teatro e por poder observar e compreender como funciona a parte técnica de uma peça.

{n}O espetáculo{/n}

“O poeta de sete faces – vida e poesia de Drummond” apresenta fragmentos do contexto político e social do Modernismo brasileiro, utilizando como referência os poemas “José”, “A flor e a náusea”, “Sentimento do Mundo”, “Consolo na praia”, entre outros escritos de Carlos Drummond de Andrade.

A encenação dura cerca de 50 minutos e foi construída em conjunto com os jovens, a partir de pesquisas, leituras, improvisações e oficinas de criação de personagens, representação, expressão corporal e técnica vocal

As aulas foram ministradas por profissionais do Centro Regional de Atenção aos Maus Tratos na Infância (Crami), organização social que compartilha a gestão da unidade com a Fundação CASA.

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