Acervo do Museu do Café da Fazenda Lageado será digitalizado e deve reabrir em até dois anos

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Acervo do Museu do Café da Fazenda Lageado será digitalizado e deve reabrir em até dois anos 06 maio 2025

Estrutura histórica da Unesp em Botucatu passa por restauração com apoio da Finep e ganhará acervo digital acessível ao público

Por Nathan Sampaio do Jornal da Unesp, com complementos do Portal Acontece Botucatu

A digitalização de acervos históricos virou um caminho sem volta para instituições que desejam preservar sua memória e democratizar o acesso ao conhecimento. Em Botucatu, esse movimento passa diretamente pelo Museu do Café da Fazenda Lageado, que integra uma das três iniciativas da Unesp contempladas com investimento da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), ligada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.

Fechado desde 2019 por problemas estruturais agravados por uma forte chuva em 2020, o museu deve ser reaberto em 2026, segundo previsão da comissão responsável pelo restauro, criada pela Reitoria da Universidade. A estrutura, datada de 1885 e tombada pelo Condephaat, será revitalizada com apoio de mais de R$ 4,3 milhões destinados ao projeto que envolve restauração, catalogação e digitalização dos documentos e objetos.

“O objetivo é completar a catalogação e a conservação do acervo documental, incluindo fotos e objetos. Isso abrange todo o material que está no casarão e na biblioteca da Faculdade de Ciências Agronômicas”, explica Paula Vermeersch, docente da Unesp em Presidente Prudente e coordenadora do projeto de restauração.

O trabalho será conduzido por uma equipe de arquivistas, historiadores e museologistas. “Vamos atuar para que o museu volte a ser o que merece: um espaço de reflexão, pesquisa e divulgação científica”, ressalta Vermeersch. A digitalização é apontada como passo essencial para aproximar o museu da população, conectando o público ao acervo mesmo à distância.

O Museu do Café abriga documentos e objetos que representam todas as fases da Fazenda Lageado, desde seu auge como produtora de café até sua incorporação ao sistema universitário paulista. O casarão, a tulha e os terreiros fazem parte do complexo, que ao longo dos anos também se tornou referência em pesquisas agrícolas.

Vermeersch reforça que a digitalização vai muito além da preservação: “Atualmente, não se pode mais discutir a questão dos acervos sem abordar a digitalização. Como nossos acervos são públicos, é fundamental conectá-los ao maior número possível de pessoas”.

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