34% dos brasileiros têm empréstimo consignado

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34% dos brasileiros têm empréstimo consignado 05 agosto 2014

Uma pesquisa realizada pelo Portal Meu Bolso Feliz, uma iniciativa de Educação Financeira do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), revela que um em cada três brasileiros já fez empréstimo consignado. Segundo o apontamento, 34% da população recorreu à transação em algum momento.

A preferência por essa modalidade de crédito pode ser explicada pelo aumento da estabilidade de emprego no país e pelas baixas taxas de juros que recaem sobre o trabalhador. Como o crédito consignado é cobrado sobre o salário ou aposentadoria, antes mesmo que o trabalhador ou o aposentado possa usufruir do dinheiro, é considerada uma transação segura para quem empresta.

“O empréstimo consignado oferece a vantagem de pegar dinheiro emprestado a juros muito baixos. Por outro lado, a pessoa que toma esse tipo de crédito precisa aprender a conviver com um salário ou renda menor”, alerta o educador financeiro do SPC Brasil, José Vignoli.

Outra informação fundamental diz respeito ao limite máximo que essa linha de empréstimo admite. Segundo as determinações do Banco Central, o valor da parcela do empréstimo não pode ser maior do que 30% do salário ou da aposentadoria da pessoa que toma emprestado. Sendo assim, se um trabalhador ganha R$ 1,8 mil por mês, o valor de cada parcela não pode ser maior do que R$ 600.

A pesquisa perguntou consumidores sobre a situação em que eles contrataram o empréstimo consignado. Pagar dívidas de outros empréstimos como as do cartão de crédito aparecem em primeiro lugar, com 47% das respostas, seguidas de comprar eletrodomésticos e móveis, com 15%,  e pagar contas como aluguel, condomínio, luz, telefone, escola, com 14% das respostas.

“O crédito consignado deve ser acionado em situações de sufoco como pagar uma dívida muito cara como, por exemplo, o rotativo do cartão de crédito, que cobra um dos juros mais caros do mercado ou em situações de emergência quando o consumidor se sente naquela situação em que o teto da casa cai”, orienta Vignolli.

Por outro lado, segundo o orientador financeiro, pagar contas ou comprar eletrodomésticos são situações que devem ser programadas com antecedência e podem perfeitamente ser encaixadas no orçamento da família. “O crédito foi criado para ser usado e para realizar sonhos importantes, em situações em que muitas vezes não poderiam ser concretizadas de imediato. Porém, precisa ser utilizado com sabedoria e planejamento para que o sonho não se torne uma dívida”, diz o educador.

Ele observa que, antes de tomar qualquer crédito, é importante que o consumidor faça uma detalhada análise e diagnóstico financeiro. “O ideal é descobrir para onde vai cada centavo do dinheiro durante o mês, registrando as dívidas, caso existam. O crédito pode, sem dúvida, ser um grande aliado e não há problema se usado como estratégia para sair de linhas de créditos com juros mais altos, para adquirir algo de grande importância ou ainda em uma emergência. Porém, se apenas utilizá-lo de forma não consciente e necessária, pode se tornar mais um grande vilão”, afirma.

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