Fotos: Valéria Cuter
Nesta sexta-feira (18) as policiais femininas que pertencem ao 12º Batalhão de Polícia Militar do Interior (BPM-I), de Botucatu, se reuniram no Primar Plaza Hotel para comemorar o Dia da Policial Feminina, onde um café da manhã marcou o início da comemoração que seguiu com uma série de atividades programadas como maquiagem, desfile de modas, (este tendo apoio das lojas Joaninha Kids e Via Bela), além de sorteio de brindes seguidos do almoço.
De acordo com a capitão Kátia Regina Christófalo, chefe do Setor de Operações Estratégicas do 12º BPM-I, o objetivo é fazer o congraçamento entre as policiais femininas que atuam na região. Não deixa de lembrar que a PF trabalha fardada, enfrenta longas rotinas e encara qualquer missão.
As mulheres estão em todos os postos da PM, como a Força Tática, atendimento telefônico, Ronda Escolar, Policiamento Ostensivo, Ambiental, Corpo de Bombeiros, entre outros. Assim é a vida das mulheres que escolheram como profissão, a carreira militar, diz Kátia.
Enfoca a capitão da PM que ser policial já foi uma profissão só para homens, mas hoje seguir essa carreira também é uma escolha das mulheres. Não temos privilégios, nem diferenciação e executamos as mesmas tarefas dos homens. Há muitos anos, quando foi criada a Polícia Feminina, tínhamos um trabalho diferenciado, mas hoje nós trabalhamos em qualquer lugar e exercemos todos os tipos de modalidade de policiamento, observou.
Lembra que além das tarefas do serviço militar que visa dar segurança ? população portando armas e muitas vezes entrando em confronto com marginais, as policiais possuem suas rotinas normais, com atividades familiares. Temos orgulho da profissão que escolhemos, mas por trás de uma policial fardada e armada, tem uma mãe, esposa, dona de casa, universitária, uma mulher comum, conta a capitão.
{n}História da PF{/n}
Em 12 de maio de 1955, o Estado de São Paulo criou o primeiro corpo policial feminino da América do Sul quando o então Governador do Estado, Janio Quadros, determinou por meio de um decreto para que fosse criado o Corpo de Policiamento Feminino da Guarda Civil de São Paulo.
O primeiro grupo reunia doze mulheres (escolhidas entre 50 candidatas), desarmadas e com a missão de trabalhar em atividades assistenciais. Foram elas selecionadas para a Escola de Polícia, para um curso intensivo de 180 dias. As mulheres escolhidas e sua comandante foram chamadas de as 13 mais corajosas de 1955.
Gradativamente, passaram, então, a atuar em postos de serviço, depois no policiamento de trânsito, nos Batalhões de próprios e, por fim, participando do policiamento, lado a lado com os homens. Com o passar dos anos as mulheres passaram a conquistar cargos no alto escalão militar.
Nos serviços administrativos, além de cargos de comando, preenchem os quadros de Saúde, como médicas, dentistas, farmacêuticas, veterinárias ou como auxiliares de saúde, podendo ainda atuar como músicas no Corpo Musical, bem como no Grupamento de Rádio Patrulha Aérea.
Em Botucatu, por exemplo, o Setor de Operações Estratégicas do 12º BPM-I que abrange 13 Municípios da região está a cargo da capitão Kátia Regina Christófalo que, por sua vez, é subordinada a coronel Fátima Ramos Dutra responsável por comandar o policiamento em 79 cidades, com sete batalhões subordinados ao Comando do Policiamento do Interior da Sétima Região (CPI-7), um dos mais altos cargos da Polícia Militar de São Paulo. Atualmente, as mulheres já são quase 10 mil na PM de todo o Estado, o equivalente a 10% de toda a corporação. Só no CPI-7, são, aproximadamente, 370 mulheres.
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