Por Giovanni Luque
O 1º confronto das semifinais entre São Paulo e Palmeiras teve de tudo. Polêmica com o auxiliar de vídeo (VAR), bolas no travessão, confusão e aquele clima tenso natural dos clássicos. Porém, faltou o elemento principal: o gol.
Um dos pontos interessantes deste Choque – Rei foi o jogo de xadrez dos treinadores. Felipão adotou seu estilo tradicional de fechar o time e contra atacar nas partidas fora de casa. Do outro lado, Mancini repetiu a escalação pela 3ª vez e, com os garotos, empurrou o time pra frente.
Porém, foi nas substituições que vimos, de fato, o confronto deles. O são paulino colocou o ponta esquerda Éverton e o palmeirense respondeu trocando o lateral direito (M. Rocha por Mayke); Mancini pôs o meia Nenê e Scolari colocou o também meia Lucas Lima. Além desses momentos de “proposta e contraproposta” apresentadas pelos técnicos, a similaridade dos esquemas de jogo também deve ser enfatizada.
Um clássico, por si só, já é extremamente tenso. Porém, o fato deste Choque – Rei ocorrer numa semifinal de campeonato, com toda a história envolvida por trás dele, aumenta o nervosismo. Prova disso foi o grande número de faltas e cartões da partida. Juntos, Tricolor e Alviverde cometeram 36 faltas e receberam 8 cartões amarelos (4 pra cada).
E foi, justamente, em uma dessas faltas que surgiu a principal polêmica do jogo. Em jogada pelo lado direito do ataque, Dudu recebeu passe dentro da área e foi tocado por Reinaldo. O árbitro Vinícius Furlan enxergou falta e apontou na marca da cal. Mas, depois de conversar com Raphael Claus, o auxiliar de vídeo na partida, e analisar no monitor, ele anulou o pênalti. Segundo Paulo César de Oliveira, comentarista de arbitragem da Globo, a revisão do lance no VAR se deu pois o árbitro apontou um empurrão, sendo que ocorreu apenas um toque. Desta forma, a decisão foi correta.
Na partida, o time da casa teve um pouco mais de posse de bola (52 a 48%) e tentava criar mais chances que o adversário. Entretanto, o São Paulo pecou demais no último passe e não conseguia finalizar com perigo. Do lado visitante, a diferença foi que o time ficou mais retraído e não saiu tanto, mas, quando saía, também não chegava de maneira tão intensa. Só para comparação, as equipes erraram quase o mesmo número de passes: 38 a 37 pro São Paulo.
Os dois times mostraram muito ímpeto e raça, não tirando o pé das divididas e brigando por cada bola, o que é típico de um clássico. Se vontade não faltou, a má pontaria se fez, infelizmente, presente. Foram somente 4 (isso mesmo, 4) finalizações corretas no jogo inteiro. O baixinho Dudu exigiu uma defesaça de Volpi e acertou uma pancada no travessão, enquanto Pablo também acertou a trave numa cabeçada, mas ficou nisso.
De positivo, podemos destacar a atitude do Tricolor do Morumbi. Nas últimas atuações, a equipe foi muito melhor do que no começo do ano e, contra o Palmeiras, não foi diferente. Com muita entrega, aplicação e as novas contratações, Cuca terá um time totalmente diferente do que Jardine comandou. Sinônimo de esperança para a torcida!
O jogo da volta será no próximo domingo, 07/04, no Allianz Parque. Como não há a vantagem do gol fora de casa, qualquer empate leva o jogo aos pênaltis.
Giovanni Luque é estudante de jornalismo e colaborador do Acontece Botucatu
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